VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA DE UM TRECHO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DAS TERRAS BAIXAS, PERUÍBE, SÃO PAULO
A Floresta Ombrófla Densa Atlântica é um dos biomas brasileiros com maior biodiversidade, endemicidade e ameaçado por intervenções antrópicas do planeta, sendo, portanto, considerado um “hotspot”, tornando relevante sua conservação. Por situar-se em região montanhosa de grande extensão latitudinal...
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Published: |
Instituto Florestal
2020-06-01
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author | Claudio de Moura Waldir Mantovani |
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A Floresta Ombrófla Densa Atlântica é um dos biomas brasileiros com maior biodiversidade, endemicidade e ameaçado por intervenções antrópicas do planeta, sendo, portanto, considerado um “hotspot”, tornando relevante sua conservação. Por situar-se em região montanhosa de grande extensão latitudinal apresenta variações forísticas e estruturais, por infuências de clima e de solo. Este trabalho objetivou caracterizar forística e estruturalmente a vegetação secundária de uma Floresta Ombrófla Densa, com histórico de uso agrícola. O levantamento foi realizado em cinco parcelas de 10 x 25 m, onde as plantas de porte arbustivo-arbóreo, de altura ≥ 1 m, foram coletadas, sendo mensurado o perímetro do caule e estimada a altura. As espécies foram classifcadas em síndromes de dispersão e grupos sucessionais. A estrutura forestal foi analisada pelos parâmetros ftossociológicos: Valor de Cobertura - VC, Índice de Diversidade de Shannon - H’ e Equabilidade - J’. Foram levantadas 172 espécies e 56 famílias, sendo as de maior riqueza: Myrtaceae (29), Piperaceae (19), Fabaceae (18), Melastomataceae (13) e Rubiaceae (11). Predominaram espécies secundárias iniciais (30,23%) e tardias (29,65%) e zoocóricas (77,91%). Euterpe edulis, Tibouchina pulchra e Hyeronima alchorneoides apresentaram os maiores valores de VC, perfazendo 44,7% do total. A espécie com maiores densidades absoluta (1.696 ind./ha) e relativa (22,18%) foi E. edulis. E T. pulchra apresentou as maiores dominâncias absoluta (9,54 m²/ha) e relativa (27,89%). A diversidade (H’= 3,919 nat. ind-1) e a equabilidade (J’ = 0,761) obtidas estão no padrão esperado para áreas de vegetação secundária. A foresta estudada possui estrutura complexa e fora similar a outros estudos comparados.
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spelling | doaj.art-01825fb81e9a407bb93a0c7bbaffce342023-07-04T17:20:54ZengInstituto FlorestalRevista do Instituto Florestal0103-26742178-50312020-06-0132110.24278/2178-5031.202032105VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA DE UM TRECHO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DAS TERRAS BAIXAS, PERUÍBE, SÃO PAULOClaudio de Moura0Waldir Mantovani1Instituto FlorestalInstituto de Energia e Ambiente. Universidade de São Paulo A Floresta Ombrófla Densa Atlântica é um dos biomas brasileiros com maior biodiversidade, endemicidade e ameaçado por intervenções antrópicas do planeta, sendo, portanto, considerado um “hotspot”, tornando relevante sua conservação. Por situar-se em região montanhosa de grande extensão latitudinal apresenta variações forísticas e estruturais, por infuências de clima e de solo. Este trabalho objetivou caracterizar forística e estruturalmente a vegetação secundária de uma Floresta Ombrófla Densa, com histórico de uso agrícola. O levantamento foi realizado em cinco parcelas de 10 x 25 m, onde as plantas de porte arbustivo-arbóreo, de altura ≥ 1 m, foram coletadas, sendo mensurado o perímetro do caule e estimada a altura. As espécies foram classifcadas em síndromes de dispersão e grupos sucessionais. A estrutura forestal foi analisada pelos parâmetros ftossociológicos: Valor de Cobertura - VC, Índice de Diversidade de Shannon - H’ e Equabilidade - J’. Foram levantadas 172 espécies e 56 famílias, sendo as de maior riqueza: Myrtaceae (29), Piperaceae (19), Fabaceae (18), Melastomataceae (13) e Rubiaceae (11). Predominaram espécies secundárias iniciais (30,23%) e tardias (29,65%) e zoocóricas (77,91%). Euterpe edulis, Tibouchina pulchra e Hyeronima alchorneoides apresentaram os maiores valores de VC, perfazendo 44,7% do total. A espécie com maiores densidades absoluta (1.696 ind./ha) e relativa (22,18%) foi E. edulis. E T. pulchra apresentou as maiores dominâncias absoluta (9,54 m²/ha) e relativa (27,89%). A diversidade (H’= 3,919 nat. ind-1) e a equabilidade (J’ = 0,761) obtidas estão no padrão esperado para áreas de vegetação secundária. A foresta estudada possui estrutura complexa e fora similar a outros estudos comparados. https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/57Sucessão forestalEstruturaFloresta Ombrófla Densa AtlânticaRegião da JuréiaEspécies ameaçadas |
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