Summary: | Recusada a premissa de que a coordenação escolar tem caráter unicamente regulatório, este artigo tem por objetivo perguntar pelos possíveis de uma coordenação que, em contrapartida, faça festa. Para tanto, afirma que a vida nua, conceituada por Giorgio Agamben, não se efetiva nos cotidianos escolares unicamente como uma negação da força vital e, ao mesmo tempo, rejeita algumas leituras da obra de Michel Foucault que pressupõem a escola como espaço preso às amarras do poder. Aposta, assim, na possibilidade de produzir, mesmo em meio às ameaças à educação pública, afetos que fortaleçam a coletividade. Metodologicamente foi realizada uma rede de conversação entre professores e coordenadores do município de Cariacica-ES. Desse modo, apresenta pequenos recortes desses diálogos, de modo a apresentar modos alegres de fazer a coordenação escolar. Como ressalta a coordenadora, “Não sei animar tanto, mas até parece que eu vou cortar essa alegria toda!”. Por vezes, basta isto: ver no contágio da vida não um inimigo, mas um aliado poderoso.
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