Summary: | O artigo pretende apresentar a neurofilosofia de Catherine Malabou em alguns dos seus principais eixos. Para tanto, após dividir a obra da filósofa em quatro segmentos, dirige-se aos estudos sobre o cérebro que investigam as questões epistemológicas e políticas que as neurociências colocam para as humanidades. A investigação se dá em três momentos: a) Que fazer do nosso cérebro?, que propõe superar o dualismo como modelo da resistência às neurociências e incorporar a biologia no altermundismo; b) os textos que criticam a noção atual de biopolítica como chave para exclusão da problemática neuronal e biológica das principais questões ético-políticas do nosso tempo; e, finalmente c) a questão da inteligência artificial e como o problema do cérebro colabora para a construção de um novo paradigma na educação e na política a partir da relação com o cérebro azul artificial. Finalmente, conclui propondo uma internalização da problemática neurofilosófica como superação do gap natureza/simbólico que mantém as humanidades presas a uma ideia de transcendência
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