PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO MIELOMA MÚLTIPLO DE 2013 A 2023 NO BRASIL

Introdução: O câncer é um problema de saúde pública de âmbito mundial. O Mieloma Múltiplo é uma das principais neoplasias hematológicas. Conhecer o perfil de morbidade é de suma importância, pois a doença pode apresentar-se desde assintomática ou até desenvolver complicações com dores ósseas, fratur...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: CO Costa, AFC Fernandes
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923009550
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description Introdução: O câncer é um problema de saúde pública de âmbito mundial. O Mieloma Múltiplo é uma das principais neoplasias hematológicas. Conhecer o perfil de morbidade é de suma importância, pois a doença pode apresentar-se desde assintomática ou até desenvolver complicações com dores ósseas, fraturas e infecções constantes que estão relacionados ao perfil da doença. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico do Mieloma Múltiplo no Brasil no período de 2013 a 2023. Métodos: Estudo descritivo de abordagem quantitativa, sendo extraído os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS do período de 2013 a 2023 em âmbito nacional. Resultados: Nos últimos dez anos houve um total de 27.763 casos novos dessa neoplasia no país, sendo o sexo masculino correspondente ao maior número dos casos com 14.715 seguido do sexo feminino com o total de 13.048 casos. Em relação às regiões do país, verifica-se disparidades entre as regiões no número de casos diagnosticados nos últimos dez anos. A região sudeste ocupa o primeiro lugar com um total de 12.747 casos diagnosticados, a região nordeste ocupa o segundo lugar com um total de 6.700, a região sul está em terceiro com 5.244, seguidos de centro-oeste com 1.997 e norte em último lugar com 1.075 casos diagnosticados. As diferenças nos números podem estar relacionadas a fatores como: dificuldade na identificação dos sintomas da doença, acesso limitado aos serviços de saúde e a exames diagnósticos, diferença no número de serviços de oncologia dentre as regiões, entre outros fatores. Em relação a modalidade de tratamento, a quimioterapia ocupa o primeiro lugar como terapêutica mais utilizada em 24.830 pessoas para o tratamento, seguida de radioterapia com 2.796, combinação de duas modalidades (quimio e radio) com 66 e cirurgia em 68 pessoas para tratamento. Dentro do período em estudo, observa-se um aumento no número total de diagnósticos novos, em 2013 houve um total de 2.325 diagnósticos e em 2022 um salto para 3.322 diagnósticos e no primeiro semestre de 2023 o registro parcial de 731 diagnósticos. Conclusões: A análise do perfil epidemiológico do Mieloma Múltiplo no âmbito nacional, nos últimos dez anos, auxilia aos profissionais de saúde e gestores na alocação de recursos em saúde conforme disparidades regionais, buscando o diagnóstico precoce e tratamento em tempo oportuno conforme legislação, podendo reduzir a morbidade relacionada a doença e promoção da saúde para a população em geral.
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