A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIII

As instituições municipais são instrumentos essenciais na consolidação e defesa dos territórios da Coroa portuguesa no Brasil. No século XVIII, frente às descobertas auríferas e a ocupação do território, a criação de vilas em Minas Gerais configura-se como estratégia de afirmação do poder da Coroa e...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ivone Salgado, Renata Baesso Pereira
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Campinas 2017-09-01
Series:Labor & Engenho
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/labore/article/view/8649253
_version_ 1818394550302932992
author Ivone Salgado
Renata Baesso Pereira
author_facet Ivone Salgado
Renata Baesso Pereira
author_sort Ivone Salgado
collection DOAJ
description As instituições municipais são instrumentos essenciais na consolidação e defesa dos territórios da Coroa portuguesa no Brasil. No século XVIII, frente às descobertas auríferas e a ocupação do território, a criação de vilas em Minas Gerais configura-se como estratégia de afirmação do poder da Coroa e de organização administrativa. Quando a Capitania de São Paulo é restaurada em 1765, o fortalecimento do poder da Coroa se estrutura por ações militares e pela inauguração da produção de açúcar, associada à criação de uma rede de povoados, freguesias e vilas. Os governadores paulistas buscam aprimorar estruturas que garantiriam os fluxos de pessoas e mercadorias no território, bem como consolidar os limites com os domínios da Espanha e com as capitanias confinantes. Contudo, a ocupação das áreas de fronteira entre as capitanias de São Paulo e de Minas Gerais nunca foi consensual entre as autoridades, tanto metropolitanas quanto coloniais. Região de litígio no século XVIII, o sertão do Rio das Mortes foi marcado por estabelecimentos paulistas, estimulados pelo governo desta capitania, e pelas tentativas de ordenamento das autoridades coloniais mineiras. O trabalho analisa conflitos, práticas e discursos envolvidos no processo de constituição da rede urbana na região de fronteira entre as capitanias de Minas Gerais e São Paulo no final do século XVIII. As ações da Coroa indicam a importância da região no final do século XVIII. Destaca-se o papel dos agentes do poder civil e eclesiástico no estabelecimento dos núcleos urbanos em questão.Os estudos de caso elucidam diferenças regionais em um mesmo contexto e fundamentam-se na documentação primária que representa os instrumentos de controle do território por parte da Coroa: a cartografia e os ofícios das Câmaras e dos Governadores.
first_indexed 2024-12-14T06:02:59Z
format Article
id doaj.art-02836d60fed246cdaab71d92ab4db9fc
institution Directory Open Access Journal
issn 2176-8846
language English
last_indexed 2024-12-14T06:02:59Z
publishDate 2017-09-01
publisher Universidade Estadual de Campinas
record_format Article
series Labor & Engenho
spelling doaj.art-02836d60fed246cdaab71d92ab4db9fc2022-12-21T23:14:22ZengUniversidade Estadual de CampinasLabor & Engenho2176-88462017-09-0111310.20396/labore.v11i3.864925315761A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIIIIvone Salgado0Renata Baesso Pereira1Pontifícia Universidade Católica de CampinasPontifícia Universidade Católica de CampinasAs instituições municipais são instrumentos essenciais na consolidação e defesa dos territórios da Coroa portuguesa no Brasil. No século XVIII, frente às descobertas auríferas e a ocupação do território, a criação de vilas em Minas Gerais configura-se como estratégia de afirmação do poder da Coroa e de organização administrativa. Quando a Capitania de São Paulo é restaurada em 1765, o fortalecimento do poder da Coroa se estrutura por ações militares e pela inauguração da produção de açúcar, associada à criação de uma rede de povoados, freguesias e vilas. Os governadores paulistas buscam aprimorar estruturas que garantiriam os fluxos de pessoas e mercadorias no território, bem como consolidar os limites com os domínios da Espanha e com as capitanias confinantes. Contudo, a ocupação das áreas de fronteira entre as capitanias de São Paulo e de Minas Gerais nunca foi consensual entre as autoridades, tanto metropolitanas quanto coloniais. Região de litígio no século XVIII, o sertão do Rio das Mortes foi marcado por estabelecimentos paulistas, estimulados pelo governo desta capitania, e pelas tentativas de ordenamento das autoridades coloniais mineiras. O trabalho analisa conflitos, práticas e discursos envolvidos no processo de constituição da rede urbana na região de fronteira entre as capitanias de Minas Gerais e São Paulo no final do século XVIII. As ações da Coroa indicam a importância da região no final do século XVIII. Destaca-se o papel dos agentes do poder civil e eclesiástico no estabelecimento dos núcleos urbanos em questão.Os estudos de caso elucidam diferenças regionais em um mesmo contexto e fundamentam-se na documentação primária que representa os instrumentos de controle do território por parte da Coroa: a cartografia e os ofícios das Câmaras e dos Governadores.https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/labore/article/view/8649253Capitania de São Paulo. Capitania de Minas Gerais. Rede urbana. Fronteiras. Século XVIII.
spellingShingle Ivone Salgado
Renata Baesso Pereira
A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIII
Labor & Engenho
Capitania de São Paulo. Capitania de Minas Gerais. Rede urbana. Fronteiras. Século XVIII.
title A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIII
title_full A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIII
title_fullStr A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIII
title_full_unstemmed A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIII
title_short A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIII
title_sort formacao da rede urbana como estrategia de definicao da fronteira entre as capitanias de minas gerais e de sao paulo na segunda metade do seculo xviii
topic Capitania de São Paulo. Capitania de Minas Gerais. Rede urbana. Fronteiras. Século XVIII.
url https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/labore/article/view/8649253
work_keys_str_mv AT ivonesalgado aformacaodaredeurbanacomoestrategiadedefinicaodafronteiraentreascapitaniasdeminasgeraisedesaopaulonasegundametadedoseculoxviii
AT renatabaessopereira aformacaodaredeurbanacomoestrategiadedefinicaodafronteiraentreascapitaniasdeminasgeraisedesaopaulonasegundametadedoseculoxviii
AT ivonesalgado formacaodaredeurbanacomoestrategiadedefinicaodafronteiraentreascapitaniasdeminasgeraisedesaopaulonasegundametadedoseculoxviii
AT renatabaessopereira formacaodaredeurbanacomoestrategiadedefinicaodafronteiraentreascapitaniasdeminasgeraisedesaopaulonasegundametadedoseculoxviii