Summary: | A história da linguística documenta que o interesse pelos meandros da linguagem advém de tempos remotos, coincidindo com a própria história do pensamento clássico, uma vez que, ainda na antiguidade greco-romana, reflexões acerca da linguagem, sua estrutura, seu funcionamento, seus usos são registrados. Bem mais tarde, no início do século passado, o estudo da linguagem tornou-se reconhecido como científico; a linguagem tornou-se o alvo de uma ciência bem definida, com método e objeto próprios: a Linguística. Mais adiante, a Linguística Aplicada surge com um novo olhar sobre a linguagem, inicialmente voltado ao ensino, para, em seguida romper qualquer tipo de barreira que ousasse limitar seu campo de atuação. No Brasil, a criação de Programas de Pós-Graduação, na segunda metade do século XX, fomentou o interesse pelas pesquisas em Linguística Aplicada e alicerçou sua área de abrangência em terreno fértil e sólido, porém, não estagnado. Em vista disso, este artigo, um pretenso ensaio, objetiva, essencialmente: i) apresentar um retrospecto geral que localize, historicamente, a Linguística Aplicada no campo dos estudos da linguagem, ii) fazer uma fotografia desta área no sistema brasileiro de pós-graduação com o propósito de situá-la na contemporaneidade e, então, iii) vislumbrar os novos horizontes, pluridimensionais, que se descortinam diante de uma linguística que vai muito além da descrição, além do ensino e além de si mesma.
Palavras-chave: Pós-Graduação; Linguística Aplicada; horizontes pluridimensionais.
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