Odor, chamas e fumaça: a Covid e a incendiosa crise da razão

O texto parte de um diagnóstico fenomenológico: o de que toda emergência pandêmica (como a da covid, por exemplo) é o sintoma fatídico de um estado de crise motivado nas entranhas mesmas ontológicas da racionalidade tal qual toma forma em nossa cultura no Ocidente. A tarefa do pensamento não consis...

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Bibliographic Details
Main Author: Claudinei Aparecido de Freitas da Silva
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Ceará 2023-01-01
Series:Argumentos
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Online Access:http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/81356
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spelling doaj.art-03933419614145d4b4dabb7f6e5be9cc2024-03-24T10:12:24ZporUniversidade Federal do CearáArgumentos1984-42471984-42552023-01-012910.36517/Argumentos.29.4Odor, chamas e fumaça: a Covid e a incendiosa crise da razão Claudinei Aparecido de Freitas da Silva0https://orcid.org/0000-0002-9321-5945Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) O texto parte de um diagnóstico fenomenológico: o de que toda emergência pandêmica (como a da covid, por exemplo) é o sintoma fatídico de um estado de crise motivado nas entranhas mesmas ontológicas da racionalidade tal qual toma forma em nossa cultura no Ocidente. A tarefa do pensamento não consiste em destruir a razão, mas salvaguardá-la ante o perigo, sempre iminente, do irracionalismo. Assim, toda forma de obscurantismo emerge como uma figura decadente tendo como pano de fundo sintomático a crise da própria razão; crise essa instalada pela distinção de princípio entre cultura e natureza tão bem prefigurada por Marx e aprofundada por Merleau-Ponty. O texto examina esse ponto nevrálgico e termina realçando o caráter essencial e, portanto, inalienavelmente político desse fenômeno. http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/81356Covid. Crise. Razão. Polis. Fenomenologia.
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