A compasso e taquara: o domínio da vida e a ruína da biodiversidade no Parque Florestal Manoel Enrique da Silva (Irati-PR): 1950-1960
A partir do conceito de colonialidade (a parte invisível e constitutiva da modernidade), tal como discutido desde o final dos anos 1980 e início dos anos 1990, por Aníbal Quijano, este texto procura discutir como se deu a colonialidade do poder, do saber, do ser e da natureza no processo de constit...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade do Estado de Santa Catarina
2023-04-01
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Series: | Tempo e Argumento |
Online Access: | https://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/20883 |
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author | Ancelmo Schorner |
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A partir do conceito de colonialidade (a parte invisível e constitutiva da modernidade), tal como discutido desde o final dos anos 1980 e início dos anos 1990, por Aníbal Quijano, este texto procura discutir como se deu a colonialidade do poder, do saber, do ser e da natureza no processo de constituição do Parque Florestal Manoel Enrique da Silva, atual Floresta Nacional de Irati. Como fontes, temos os relatórios produzidos pelo seu silvicultor Ernesto da Silva Araújo entre 1950 e 1960, e 12 formulários impressos (FINPI), para preenchimento de informações a respeito dos talhões plantados no Parque entre 1950 e 1957 com Araucaria angustifolia (pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná). No texto, mostramos como a silvicultura científica pretendeu, nem sempre com sucesso, ordenar um espaço tido pelo silvicultor como primitivo. Nos processos de plantação de Araucária, a natureza foi reduzida ao valor terra, e sua diversidade foi limitada a apenas uma espécie, sendo a monocultura a base fundamental desse modelo.
Palavras-chave: colonialidade; silvicultura científica; monocultura.
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