Telemonitoramento de idosos usuários de anticoagulante durante a pandemia da COVID-19

A pandemia da COVID-19 trouxe desafios para o monitoramento de usuários de anticoagulantes, sobretudo idosos, sendo o telemonitoramento uma alternativa para dar continuidade aos cuidados para esses pacientes. O presente estudo teve como objetivo descrever a experiência do telemonitoramento de idoso...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Lívia Cristina Ferreira, Nelson Machado do Carmo Júnior, Gabriel Gomes Soares Lins Peixoto, Ana Luiza Pereira Aguiar, Estevão Alves Valle, Daniela Castelo Azevedo, Mariana Martins Gonzaga do Nascimento
Format: Article
Language:English
Published: Centro Universitário São Camilo 2023-03-01
Series:O Mundo da Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1491
Description
Summary:A pandemia da COVID-19 trouxe desafios para o monitoramento de usuários de anticoagulantes, sobretudo idosos, sendo o telemonitoramento uma alternativa para dar continuidade aos cuidados para esses pacientes. O presente estudo teve como objetivo descrever a experiência do telemonitoramento de idosos usuários de anticoagulantes na pandemia da COVID-19. Trata-se de estudo referente ao serviço farmacêutico de telemonitoramento de idosos (≥60 anos) em uso de anticoagulantes orais em ambulatório de geriatria privado (Belo Horizonte). Idosos tiveram parâmetros de efetividade e segurança dos anticoagulantes monitorados mensalmente por telefone (abr-dez/2021). Problemas identificados geraram intervenções ao paciente ou equipe multiprofissional. Ao total 425 idosos foram incluídos no serviço. A maioria usava apixabana (189;41,9%), rivaroxabana (146;34,4%) e varfarina (47;11,1%). Observou-se média de idade de 82,1 anos, maioria feminina (65,2%), maioria com alto risco de vulnerabilidade (69%), e incidência de 9,9% de COVID-19. Realizou-se 219 intervenções relativas à varfarina (média de 4,6 intervenções/paciente); referiram-se à solicitação de exame de RNI (57,5%), orientações em saúde (19,6%), alteração da dose (redução - 10,5%; aumento - 5,9%; suspensão - 0,6%), ou encaminhamento (5,9%). Usuários de outros anticoagulantes não apresentaram alterações nos parâmetros acompanhados. Onze idosos sofreram quedas e 10 demandaram internação por eventos tromboembólicos ou hemorrágicos. Não houve diferença estatisticamente significativa nas proporções de internação entre usuários de varfarina ou outros anticoagulantes (p=0,314). Acompanhar idosos usuários de anticoagulantes é importante, sobretudo considerando-se o alto nível de fragilidade identificado e os riscos tromboembólicos e não-tromboembólicos que a COVID-19 traz. O telemonitoramento foi importante, permitindo realização de múltiplas intervenções.
ISSN:0104-7809
1980-3990