“Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola
Este trabalho apresenta um novo cenário na capoeira angola proporcionado pela participação e liderança das mulheres nos grupos. Trata-se de um fenômeno recente na história da capoeira angola: o feminismo angoleiro. Partindo de uma perspectiva feminista, pretendo apontar como os mecanismos utilizados...
| Main Author: | |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Universidade Estadual de Montes Claros
2020-05-01
|
| Series: | Caminhos da História |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/2597 |
| _version_ | 1818884025219022848 |
|---|---|
| author | Camila Maria Gomes Pinheiro |
| author_facet | Camila Maria Gomes Pinheiro |
| author_sort | Camila Maria Gomes Pinheiro |
| collection | DOAJ |
| description | Este trabalho apresenta um novo cenário na capoeira angola proporcionado pela participação e liderança das mulheres nos grupos. Trata-se de um fenômeno recente na história da capoeira angola: o feminismo angoleiro. Partindo de uma perspectiva feminista, pretendo apontar como os mecanismos utilizados nos discursos tradicionais que reproduzem condutas heteronormativas e classificações sexistas, estão sendo questionados e ressignificados. Para desenvolver a minha reflexão sobre esse novo cenário político apresento o grupo Nzinga de Capoeira Angola, fundado por uma mulher, mestra Janja, com sede na cidade de Salvador. Este grupo é referência para as redes de mulheres capoeiristas que estão se formando pelo mundo e desenhando uma ginga feminista. Neste aspecto, a participação das mulheres está associada à construção de outras narrativas com novos sujeitos políticos, reconstruindo as categorias “mulher” e “homem”, “feminilidade” e “masculinidade”, não como unidades homogêneas e isoladas. Nos Encontros de Mulheres Capoeiristas, busca-se observar novas formas de contestação e de denunciar as desigualdades de gênero presente na capoeira. No jogo da capoeira, as mulheres criam estratégias para enfrentar os obstáculos impostos por uma cultura patriarcal e hegemônica e aprendem a usar o corpo como uma arma política e de defesa pessoal para jogar na vida. |
| first_indexed | 2024-12-19T15:42:59Z |
| format | Article |
| id | doaj.art-055727990eb54b97bf45aa9990036b4f |
| institution | Directory Open Access Journal |
| issn | 1517-3771 2317-0875 |
| language | Portuguese |
| last_indexed | 2024-12-19T15:42:59Z |
| publishDate | 2020-05-01 |
| publisher | Universidade Estadual de Montes Claros |
| record_format | Article |
| series | Caminhos da História |
| spelling | doaj.art-055727990eb54b97bf45aa9990036b4f2022-12-21T20:15:25ZporUniversidade Estadual de Montes ClarosCaminhos da História1517-37712317-08752020-05-01241829610.38049/issn.2317-0875v24n1p.82-96“Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira AngolaCamila Maria Gomes Pinheiro0https://orcid.org/0000-0003-4807-8096Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN)Este trabalho apresenta um novo cenário na capoeira angola proporcionado pela participação e liderança das mulheres nos grupos. Trata-se de um fenômeno recente na história da capoeira angola: o feminismo angoleiro. Partindo de uma perspectiva feminista, pretendo apontar como os mecanismos utilizados nos discursos tradicionais que reproduzem condutas heteronormativas e classificações sexistas, estão sendo questionados e ressignificados. Para desenvolver a minha reflexão sobre esse novo cenário político apresento o grupo Nzinga de Capoeira Angola, fundado por uma mulher, mestra Janja, com sede na cidade de Salvador. Este grupo é referência para as redes de mulheres capoeiristas que estão se formando pelo mundo e desenhando uma ginga feminista. Neste aspecto, a participação das mulheres está associada à construção de outras narrativas com novos sujeitos políticos, reconstruindo as categorias “mulher” e “homem”, “feminilidade” e “masculinidade”, não como unidades homogêneas e isoladas. Nos Encontros de Mulheres Capoeiristas, busca-se observar novas formas de contestação e de denunciar as desigualdades de gênero presente na capoeira. No jogo da capoeira, as mulheres criam estratégias para enfrentar os obstáculos impostos por uma cultura patriarcal e hegemônica e aprendem a usar o corpo como uma arma política e de defesa pessoal para jogar na vida.https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/2597mulhercapoeiratradiçãomudançagênero |
| spellingShingle | Camila Maria Gomes Pinheiro “Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola Caminhos da História mulher capoeira tradição mudança gênero |
| title | “Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola |
| title_full | “Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola |
| title_fullStr | “Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola |
| title_full_unstemmed | “Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola |
| title_short | “Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola |
| title_sort | mulher na roda nao e pra enfeitar a ginga feminista e as mudancas na tradicao da capoeira angola |
| topic | mulher capoeira tradição mudança gênero |
| url | https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/2597 |
| work_keys_str_mv | AT camilamariagomespinheiro mulhernarodanaoepraenfeitaragingafeministaeasmudancasnatradicaodacapoeiraangola |