Summary: | As infecções de maiores preocupações dos profissionais
da área de saúde são as que ocorrem nas unidades
que atendem pacientes mais suscetíveis à infecção
- Pediatria, Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e
Unidades Oncológicas. Dentre os fatores contribuintes
para altas taxas de infecções e mortalidade estão:
gravidade da doença, procedimentos que requerem
mais tempo e os invasivos, e longos períodos de
internação. Foi realizado um estudo de caráter
retrospectivo, transversal, não controlado nas unidades
pediátricas – Clínicas Pediátricas, UTI Pediátrica e
Oncopediatria de um hospital público do Estado de
Rondônia, Brasil. Ponderando-se o levantamento dos
resultados de culturas e antibiogramas isolados nas
unidades pediátricas do hospital, no período de janeiro
a julho de 2010, foram analisados 313 antibiogramas.
Destes, 19,2% apresentaram crescimento bacteriano,
dos quais a maior parte (38%) foram Hemoculturas. Os
microrganismos mais comumente encontrados foram os
Bacilos Não Fermentadores (BNF) (28,3%), Escherichia
coli (25%) e Enterobacter spp. (20%). Algumas cepas
chamam a atenção com relação ao aparecimento de
resistência, como as cepas de Pseudomonas aeruginosa,
cuja resistência as cefalosporinas de terceira
geração foi analisada em mais de 90% e as cepas de
Enterobacter spp., que apresentaram resistência aos
carbapenêmicos. A ala da Oncopediatria mostrou-se a
menos afetada com relação às outras, pois apenas 4%
das amostras coletadas para exame microbiológico
obtiveram crescimento bacteriano, já em pacientes
da UTI Pediátrica houve crescimento bacteriano em
29,2%. Para evitar o crescimento da resistência dos
microrganismos e o uso empírico e indiscriminado de
antimicrobianos é necessária uma avaliação do perfil de
resistência bacteriana que norteie a prescrição racional
e adequada destes fármacos.
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