"As semanas de anos para expiação do Templo Judaico” e o “chifre que proferia blasfêmias”:

O presente artigo trata da apropriação cristã feita pelo complexo mítico das quatro idades do mundo. O livro de Daniel (Dn) propõe a divisão da história em quatro grandes reinos, o babilônico, medo, persa e o grego, entretanto os cristãos apropriam deste mito e inserem Roma como última das monarqui...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Diego Lopes da Silva
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade de Brasília 2012-08-01
Series:Em Tempo de Histórias
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/19865
Description
Summary:O presente artigo trata da apropriação cristã feita pelo complexo mítico das quatro idades do mundo. O livro de Daniel (Dn) propõe a divisão da história em quatro grandes reinos, o babilônico, medo, persa e o grego, entretanto os cristãos apropriam deste mito e inserem Roma como última das monarquias mundiais, a fim de mostrar a perversidade e atrocidade deste império que seria a representação do caos e da destruição. Alguns autores cristãos contemporâneos ao império romano como Jerônimo defendem Roma como última das monarquias mundiais a fim de mostrar a proximidade da parousia e justificar que a perseguição sofrida pelos cristãos nos primeiros séculos de sua existência seriam a evidência do governo romano como a personificação da malignidade e perversidade humana. Sendo assim, retrato neste artigo como os cristão se apropriaram do livro de Dn, principalmente de Dn 2 e 7 escrito num outro contexto sociocultural para lançar a expectativa de um retorno messiânico triunfal e inserir Roma como a monarquia mais terrível e temível de todas, a representação do Anticristo.
ISSN:1517-1108
2316-1191