Desigualdade de género no feed de notícias: uma análise longitudinal das representações mediáticas no Facebook (2014–2018)

Entendendo o jornalismo como uma atividade essencial para o pleno funcionamento da democracia e a rede social Facebook como parte estratégica da circulação de notícias e da qual as organizações dos media têm dependido para construir audiências, tomamos como objeto de análise as publicações dos medi...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Juliana Alcantara, Gustavo Freitas
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidad Complutense de Madrid 2023-06-01
Series:Mediaciones Sociales
Subjects:
Online Access:https://revistas.ucm.es/index.php/MESO/article/view/84442
Description
Summary:Entendendo o jornalismo como uma atividade essencial para o pleno funcionamento da democracia e a rede social Facebook como parte estratégica da circulação de notícias e da qual as organizações dos media têm dependido para construir audiências, tomamos como objeto de análise as publicações dos media noticiosos brasileiros tradicionais (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo) em suas páginas oficiais no Facebook entre os anos de 2014 e 2018. Uma análise longitudinal nos permitiu perceber como atuou o jornalismo mainstream em meio à instabilidade política que o Brasil atravessou durante os cinco anos analisados. Para este trabalho recorremos à análise quantitativa de um corpus estruturado na intenção de compreender quais conteúdos jornalísticos foram privilegiados pelos principais jornais brasileiros e inseridos no debate público por meio do Facebook. A partir da perspetiva feminista e usando como método a análise de conteúdo, pudemos identificar padrões que tanto dizem respeito ao interesse das audiências como ao conteúdo e às representações mediáticas. Os resultados mostram que os assuntos políticos dominam o campo noticioso na rede social. Quanto às pessoas destacadas pelas publicações, as mulheres aparecem em muito menor frequência que homens. Apesar do cargo político de maior importância do país ter sido ocupado por uma mulher entre 2014 e 2016, isto não alterou as desigualdades de género identificadas na investigação.
ISSN:1989-0494