Historiografia e historicidade de mulheres que vivenciaram o parto vaginal: contribuições para a enfermagem obstétrica
Introdução: Visando a saúde das mulheres e a redução da morbimortalidade, o Brasil vem revisando o modelo de atenção ao parto e implementando ações para incentivar o parto vaginal. O estudo se justifica pela necessidade do direito das gestantes ao pré-natal e ao parto, de forma digna e respeitosa,...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
2022-09-01
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Series: | HU Revista |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/37786 |
Summary: | Introdução: Visando a saúde das mulheres e a redução da morbimortalidade, o Brasil vem revisando o modelo de atenção ao parto e implementando ações para incentivar o parto vaginal. O estudo se justifica pela necessidade do direito das gestantes ao pré-natal e ao parto, de forma digna e respeitosa, livre de violência obstétrica, com cuidados equitativos e cumprimento do tempo de licença maternidade. Objetivo: Descrever a historiografia e a historicidade da mulher no parto vaginal e na maternidade e identificar a assistência recebida. Métodos: Pesquisa qualitativa fenomenológica heideggeriana realizada com 14 mulheres que passaram pelo parto vaginal entre setembro de 2018 e abril de 2019. A coleta de dados respeitou os princípios éticos e utilizou a entrevista aberta audiogravada, para a abertura do desvelamento do fenômeno da historiografia e da historicidade, que deram seguimento para a etapa analítica, também chamada de compreensão vaga e mediana em estudos fenomenológicos, confrontando os achados com a literatura. Resultados: A idade das 14 participantes variou entre 22 e 41 anos. O parto vaginal foi decidido pela maioria e 7 depoentes afirmaram não terem tido informação acerca dele. A maioria também se preocupou se haveria lesão vaginal e como seria o sexo após o parto, mas com relatos de ter voltado ao normal. Muitas não receberam informações sobre a vida sexual após o parto e buscaram se informar. Nenhuma delas se arrependeu de ter passado pelo parto vaginal. A minoria contou que fez o planejamento da gravidez. Conclusão: A vivência desse parto foi positiva, protagonizando a mulher e a fisiologia, porém há fragilidade na atuação do enfermeiro na consulta pré-natal e puerperal e no planejamento reprodutivo, bem como a invisibilidade na assistência ao parto. Uma abordagem completa inclui informações e assistência de enfermagem obstétrica de qualidade e humanizada, como preconizado nas políticas públicas de saúde.
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ISSN: | 0103-3123 1982-8047 |