Summary: | Avaliou-se o frescor do pescado congelado comercializado no Mercado Municipal de São Francisco do Conde-BA. Foram coletadas 72 amostras de pescado, compreendendo 12 amostras de cada uma das seguintes espécies: robalo (Centropomus undecimalis), tainha (Mugil brasiliensis), camarão (Penaeus brasiliensis), sururu (Mytella guyanensis), ostra (Crassostrea rhizophorae) e siri (Callinectes sapidus). As análises realizadas compreenderam determinação de pH e de bases voláteis totais (BVT) e provas de Éber para gás sulfídrico e para amônia, seguindo metodologias estabelecidas pelo Instituto Adolfo Lutz e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os resultados evidenciaram que 62,5% das amostras estavam fora do limite permitido pela legislação para pH, 27,8% para bases voláteis totais e 70,8% para gás sulfídrico. Em relação í prova de Éber para amônia, evidenciou-se que 40,3% das amostras apresentaram-se positivas, estando em desacordo com recomendações técnicas. Face í legislação, registraram-se 90,3% de não conformidade para o conjunto de amostras. Os crustáceos compreenderam o grupo de pescado com maior índice de não atendimento aos padrões. Avalia-se que as "não conformidades†observadas decorreram, provavelmente, de inadequações, tanto no que se refere í s condições de higiene quanto í insuficiência de métodos de conservação dos produtos, desde a captura até a comercialização. O estudo sinaliza riscos potenciais í saúde das pessoas, decorrentes do consumo destes produtos, e a necessidade de medidas estruturantes com vistas a fortalecer esta cadeia produtiva em nível local.
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