A forma da cidade: deslocamento, porosidade e ressonância na escrita
Apresenta-se aqui uma discussão a propósito texto “A polifonia na escrita: rastros, riscos e experiência”, o qual estabelece uma íntima relação entre o mapa da cidade e a escrita, entre a linguagem e o pensamento, entre a dimensão política e a estética que percorre um texto. Propomos apresentar, a...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2019-09-01
|
Series: | Revista Polis e Psique |
Subjects: | |
Online Access: | https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/92299/pdf |
_version_ | 1818173004223348736 |
---|---|
author | Claudia Luiza Caimi |
author_facet | Claudia Luiza Caimi |
author_sort | Claudia Luiza Caimi |
collection | DOAJ |
description | Apresenta-se aqui uma discussão a propósito texto “A polifonia na escrita: rastros, riscos e experiência”, o qual estabelece uma íntima relação entre o mapa da cidade e a escrita, entre a linguagem e o pensamento, entre a dimensão política e a estética que percorre um texto. Propomos apresentar, a partir do pensamento de Walter Benjamin, como o pensador/narrador percorre a cidade e a narra. Benjamin nos mostra como a cidade proporciona uma forma de narrativa e de pensamento que expõe o grão da diferença na engrenagem das tensões da vivência do homem moderno, indivíduo-massa habitante do grande espaço urbano, solitário, anônimo, que vive o choque em meio à profusão de automóveis, prédios e avenidas labirínticas. A partir da experiência na cidade, Walter Benjamin propõe uma escrita de montagem documental, que exibe ao invés de demonstrar e renuncia o valor discursivo, dedutivo e demonstrativo da escrita acadêmica em favor de um aspecto mais icônico e mostrativo. A montagem como forma estética e de pensamento permite expor a desterritorialização dos objetos do conhecimento, pois nela as diferenças nunca são absorvidas numa síntese positiva. O intervalo é por excelência, no pensamento benjaminiano, o instrumento epistemológico de desterritorialização disciplinar que permite saber e ver uma política do presente que inscreve os complexos processos memoriais. |
first_indexed | 2024-12-11T19:21:36Z |
format | Article |
id | doaj.art-082190f887d248da8449d911c62d314c |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2238-152X 2238-152X |
language | Portuguese |
last_indexed | 2024-12-11T19:21:36Z |
publishDate | 2019-09-01 |
publisher | Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
record_format | Article |
series | Revista Polis e Psique |
spelling | doaj.art-082190f887d248da8449d911c62d314c2022-12-22T00:53:30ZporUniversidade Federal do Rio Grande do SulRevista Polis e Psique2238-152X2238-152X2019-09-01https://doi.org/10.22456/2238-152X.92299A forma da cidade: deslocamento, porosidade e ressonância na escritaClaudia Luiza Caimi Apresenta-se aqui uma discussão a propósito texto “A polifonia na escrita: rastros, riscos e experiência”, o qual estabelece uma íntima relação entre o mapa da cidade e a escrita, entre a linguagem e o pensamento, entre a dimensão política e a estética que percorre um texto. Propomos apresentar, a partir do pensamento de Walter Benjamin, como o pensador/narrador percorre a cidade e a narra. Benjamin nos mostra como a cidade proporciona uma forma de narrativa e de pensamento que expõe o grão da diferença na engrenagem das tensões da vivência do homem moderno, indivíduo-massa habitante do grande espaço urbano, solitário, anônimo, que vive o choque em meio à profusão de automóveis, prédios e avenidas labirínticas. A partir da experiência na cidade, Walter Benjamin propõe uma escrita de montagem documental, que exibe ao invés de demonstrar e renuncia o valor discursivo, dedutivo e demonstrativo da escrita acadêmica em favor de um aspecto mais icônico e mostrativo. A montagem como forma estética e de pensamento permite expor a desterritorialização dos objetos do conhecimento, pois nela as diferenças nunca são absorvidas numa síntese positiva. O intervalo é por excelência, no pensamento benjaminiano, o instrumento epistemológico de desterritorialização disciplinar que permite saber e ver uma política do presente que inscreve os complexos processos memoriais.https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/92299/pdfcidadeexperiênciaescrita |
spellingShingle | Claudia Luiza Caimi A forma da cidade: deslocamento, porosidade e ressonância na escrita Revista Polis e Psique cidade experiência escrita |
title | A forma da cidade: deslocamento, porosidade e ressonância na escrita |
title_full | A forma da cidade: deslocamento, porosidade e ressonância na escrita |
title_fullStr | A forma da cidade: deslocamento, porosidade e ressonância na escrita |
title_full_unstemmed | A forma da cidade: deslocamento, porosidade e ressonância na escrita |
title_short | A forma da cidade: deslocamento, porosidade e ressonância na escrita |
title_sort | forma da cidade deslocamento porosidade e ressonancia na escrita |
topic | cidade experiência escrita |
url | https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/92299/pdf |
work_keys_str_mv | AT claudialuizacaimi aformadacidadedeslocamentoporosidadeeressonancianaescrita AT claudialuizacaimi formadacidadedeslocamentoporosidadeeressonancianaescrita |