Multiplicação e alongamento do híbrido Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage x Eucalyptus dunnii Maiden.

As espécies Eucalyptus dunnii e Eucalyptus benthamii apresentam tolerância a baixas temperaturas, fator limitante à expansão do cultivo de eucalipto na região sul do Brasil. Um híbrido interespecífico entre estes materiais possivelmente permitirá explorar-se as vantagens advindas deste cruzamento....

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Gilvano Ebling Brondani, Leonardo Ferreira Dutra, Fernando Grossi, Ivar Wendling, Jefferson Hornig Azevedo, Fabrício Augusto Hansel
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Floricultura e Plantas Ornamentais 2007-06-01
Series:Ornamental Horticulture
Subjects:
Online Access:https://rbho.emnuvens.com.br/rbho/article/view/1596
Description
Summary:As espécies Eucalyptus dunnii e Eucalyptus benthamii apresentam tolerância a baixas temperaturas, fator limitante à expansão do cultivo de eucalipto na região sul do Brasil. Um híbrido interespecífico entre estes materiais possivelmente permitirá explorar-se as vantagens advindas deste cruzamento. O desenvolvimento da clonagem  em espécies puras e em híbridos interespecíficos do gênero Eucalyptus por meio do enraizamento de estacas foi o marco inicial da propagação vegetativa assumir posição de destaque e despertar o interesse das empresas e pesquisadores, com conseqüente busca de aprimoramento e inovações tecnológicas (TITON et al., 2003). Atualmente a técnica de miniestaquia é empregada na maioria das empresas florestais, sendo que para DEL PONTE et al. (2001), a principal aplicação desse método tem sido na produção de mudas clonais de materiais selecionados. Da mesma forma, a micropropagação também está sendo empregada para multiplicação massal de indivíduos selecionados (XAVIER e COMÉRIO, 1996; WATT et al., 2003) com inúmeras vantagens e aplicações comprovadas, como a promoção de uniformidade dos plantios, adaptações dos clones específicos para determinados sítios e maximização da produção de madeira em quantidade e qualidade desejáveis para determinados fins, em comparação com plantios oriundos de mudas produzidas por sementes (XAVIER e COMÉRIO, 1996). Além disso, proporciona a manutenção das características favoráveis evitando a variabilidade encontrada em árvores obtidas a partir de sementes (HIGASHI et al., 2000). Na micropropagação de espécies lenhosas, as citocininas são indispensáveis para a quebra de dominância apical e indução de proliferação de gemas axilares, sendo o tipo de citocinina e a sua concentração os fatores que mais influenciam o sucesso da multiplicação in vitro. As concentrações de citocininas para a multiplicação variam de 0,1 a 5,0 mg L-1,  em que as concentrações de auxina são freqüentemente baixas se comparadas com as das citocininas para manter um balanço auxina/citocinina menor que 1 na fase de proliferação de gemas (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998). Como meio de multiplicação, para obter ao mesmo tempo culturas alongadas, tem sido utilizado o meio MS (MURASHIGE e SKOOG, 1962) suplementado com BAP (0,08 mg L-1) e ANA (0,1 mg L-1), sendo que repicagens sucessivas para novos meios de multiplicação devem ser feitas a cada 3 a 4 semanas (ALFENAS et al., 2004). Entretanto, devido a diferenças no comportamento das espécies, essas concentrações de reguladores de crescimento são variáveis. Com base no exposto, o presente trabalho teve como objetivo testar diferentes concentrações de BAP e ANA na multiplicação e alongamento de híbridos de Eucalyptus benthamii x E. dunnii.
ISSN:2447-536X