Análise de uma ação coletiva: comunicação e mobilização em defesa do direito de escolha da mulher em relação ao parto

Neste artigo são apresentados alguns dos resultados da pesquisa Da Internet às Ruas: a Marcha do Parto em Casa. Com base na discussão a respeito do papel da comunicação e dos atores coletivos na sociedade, o trabalho teve por objetivo observar se as pessoas envolvidas na defesa da humanização do par...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Aline Gonçalves, Celsi Silvestrin
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Minho 2015-06-01
Series:Revista Lusófona de Estudos Culturais
Subjects:
Online Access:https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/1780
Description
Summary:Neste artigo são apresentados alguns dos resultados da pesquisa Da Internet às Ruas: a Marcha do Parto em Casa. Com base na discussão a respeito do papel da comunicação e dos atores coletivos na sociedade, o trabalho teve por objetivo observar se as pessoas envolvidas na defesa da humanização do parto conseguiram, utilizando ferramentas disponíveis na internet e acionando a mídia, ampliar a visibilidade social do tema. Realizou-se uma análise documental, cujo corpus foi composto por peças de comunicação relacionadas ao conflito estabelecido entre as pessoas que defendem o parto humanizado e o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). A análise de conteúdo de uma página de evento no Facebook, usada para a organização da Marcha, confirmou que o site teve papel central nesse processo, por isso a metodologia de estudo foi focada nas apropriações tanto da internet quanto das redes sociais. Para esclarecer dúvidas e confirmar ou refutar hipóteses, foram realizadas entrevistas em profundidade com algumas das articuladoras da ação coletiva. Verificou-se que as pessoas envolvidas na mobilização se uniram para defender uma causa — o direito de escolha da mulher em relação ao parto. Para isso, as ativistas realizaram ações de comunicação e mobilização, visando à sensibilização da sociedade para que essa exija o cumprimento dos direitos das gestantes e mudanças do modelo de assistência obstétrica no Brasil.
ISSN:2184-0458
2183-0886