Dimensões historiográficas da virada visual ou o que pode fazer o historiador quando faz histórias com imagens?

As imagens não são mais novidades na pesquisa historiográfica. Contudo, propostas no início dos anos 1990, a pictorial turn (nos EUA, por W. J. T. Mitchell) e a iconic turn (na Alemanha por Gottfried Boehm) alteraram o cenário das pesquisas interdisciplinares sobre artefatos visuais a partir de prin...

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Bibliographic Details
Main Author: Francisco das Chagas Fernandes Santiago Júnior
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Estado de Santa Catarina 2019-10-01
Series:Tempo e Argumento
Online Access:https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/13374
Description
Summary:As imagens não são mais novidades na pesquisa historiográfica. Contudo, propostas no início dos anos 1990, a pictorial turn (nos EUA, por W. J. T. Mitchell) e a iconic turn (na Alemanha por Gottfried Boehm) alteraram o cenário das pesquisas interdisciplinares sobre artefatos visuais a partir de princípios da alteridade das imagens em relação à linguagem e da historicidade da cultura visual. Soma-se as essas propostas a anacronia das imagens e da sintomatologia de Georges Didi-Huberman, historiador da arte francesa. Este artigo procura avaliar o impacto historiográfico das viradas às imagens em dois aspectos fundamentais do trabalho do historiador: a produção de uma heurística da imagem e da fonte histórica; as construções do tempo/historicidade e da visibilidade do passado e seus usos públicos. Cruzando recursos da história da historiografia e da teoria da imagem e da história, o artigo apresenta em três seções: as matrizes norte-americana, alemã e francesa das viradas pictóricas/icônicas/visuais; as dimensões históricas e historiográficas das viradas; a concepção de fonte histórica, de temporalidade e o problema da visibilidade do passado na atualidade. Palavras-chave: Cultura Visual. História da Historiografia. Anacronia e Historicidade. Virada Visual.
ISSN:2175-1803