Summary: | Este artigo propõe a análise crítica do conto “O passeio”, que integra o livro Aquela água toda (2018), de João Carrascoza, buscando destacar a relação que as personagens infantis estabelecem com o espaço urbano — uma relação decisivamente marcada pela capacidade de rever a cidade com disposição afetiva e imaginação. Para tanto, busca-se apoio teórico nas reflexões do filósofo James Hillman em torno da importância psicológica dos lugares e da necessidade da criação permanente de novas percepções para que se mantenha viva a alma da cidade. Por fim, faz-se um breve contraponto com o texto “São Paulo”, de Marcílio Castro, procurando vincular a lição perceptiva das crianças à observação adulta.
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