MÉTODOS RECONSTRUTIVOS DA PÁLPEBRA INFERIOR – APLICAÇÃO NA PRÁTICA DERMATOLÓGICA

Introdução: A ressecção de neoplasias cutâneas é a principal causa de defeitos palpebrais. Os princípios de reconstrução da pálpebra encontram-se bem definidos. No entanto, permanece um desafio conseguir um bom resultado funcional e estético.  Material e Métodos: Conhecer as diversas técnicas cirúr...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Vera Teixeira, Leonor Ramos, David Serra, Ricardo Vieira, Américo Figueiredo
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia 2014-06-01
Series:Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
Subjects:
Online Access:https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/165
Description
Summary:Introdução: A ressecção de neoplasias cutâneas é a principal causa de defeitos palpebrais. Os princípios de reconstrução da pálpebra encontram-se bem definidos. No entanto, permanece um desafio conseguir um bom resultado funcional e estético.  Material e Métodos: Conhecer as diversas técnicas cirúrgicas e os conceitos anatómicos é fundamental na abordagem de lesões palpebrais. Anatomicamente a pálpebra pode ser dividida em duas lamelas: a lamela anterior (pele e músculo orbicular) e a lamela posterior (tarso e conjuntiva). Resultados: Para efeitos reconstrutivos, os defeitos da pálpebra inferior podem ser divididos em dois principais grupos: (1) defeitos de espessura parcial, com a margem palpebral intacta e (2) defeitos de espessura total envolvendo a margem palpebral. As técnicas cirúrgicas de reconstrução da lamela anterior incluem retalhos miocutâneos de rotação ou de deslizamento e enxertos cutâneos. Para reconstruir a lamela posterior são necessários enxertos compostos (condrocutâneos ou condromucosos). Nos defeitos de espessura total ambas as lamelas têm de ser reparadas, para restaurar a função. Nos algoritmos de reconstrução, os defeitos palpebrais de espessura total são classificados em: pequenos (até 30% do tamanho horizontal da margem palpebral), médios (30-50%) e grandes (acima de 50%). Um pequeno defeito pode ser encerrado com sutura directa. Se necessário mobiliza-se a margem palpebral lateral 3 a 5 mm (cantólise lateral). Num defeito de tamanho médio pode ser aplicado um retalho. Para os defeitos de grandes dimensões, o cirurgião deve reconstruir a lamela posterior e planear a reconstrução da lamela anterior com uma combinação das técnicas anteriores. Os autores reviram a metodologia de reconstrução de defeitos da pálpebra inferior e exemplificam com casos da sua prática clínica.  Conclusões: Existem inúmeras abordagens possíveis para restaurar a anatomia palpebral. O método reconstrutivo de eleição é individualizado caso a caso, com particular atenção à localização e dimensões do defeito.
ISSN:2182-2395
2182-2409