Que barulho é esse? O dos Pós-modernos?

Desde a institucionalização da antropologia nas universidades britânicas e americanas na virada do século tem-se buscado urna metáfora, urna palavra- chave que sintetize tanto o fazer antropológico quanto seu objeto de estudo: sociedade e cultura. Poucos exemplos são aqui suficientes, não obstante...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Wilson Trajano Filho
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 2018-01-01
Series:Anuário Antropológico
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6380
_version_ 1797695465564667904
author Wilson Trajano Filho
author_facet Wilson Trajano Filho
author_sort Wilson Trajano Filho
collection DOAJ
description Desde a institucionalização da antropologia nas universidades britânicas e americanas na virada do século tem-se buscado urna metáfora, urna palavra- chave que sintetize tanto o fazer antropológico quanto seu objeto de estudo: sociedade e cultura. Poucos exemplos são aqui suficientes, não obstante a extensão da lista: sociedade como organismo vivo (Radcliffe-Brown), antropologia como tradução (Evans-Pritchard), cultura como o superorgânico (Kroeber), cultura como texto e antropologia como interpretação (Geertz). Tal lista sugere, por sua diversidade, o paradoxo de ser o fazer antropológico saudavelmente dinâmico, mas caracterizado por uma multiplicidade de abordagens e perspectivas nem sempre complementares, experienciando uma espalhada sensação de crise permanente. Recentemente uma das linhas de frente do debate antropológico, aquela conduzida pela federação interpretativa americana, tem proposto uma série de novas metáforas para a antropologia: diálogo, polifonia, evocação . . . Tais metáforas assim como a federação que as propõe estão presentes no volume Writing Culture editado por James Clifford e George Marcus.* Trata-se de uma coletânea de ensaios, apresentados originalmente num seminário em Santa Fé, cujo tema central gira em torno do escrever etnográfico. Seus atores são James Clifford, Mary Louise Pratt, Vincent Crapanzano, Renato Rosaldo, Stephen Tyler, Talal Asad, George Marcus, Michael Fischer e Paul Rabinow.
first_indexed 2024-03-12T03:12:48Z
format Article
id doaj.art-0ab5f843545a4c619263766e762e460c
institution Directory Open Access Journal
issn 0102-4302
2357-738X
language English
last_indexed 2024-03-12T03:12:48Z
publishDate 2018-01-01
publisher Universidade de Brasília
record_format Article
series Anuário Antropológico
spelling doaj.art-0ab5f843545a4c619263766e762e460c2023-09-03T14:19:36ZengUniversidade de BrasíliaAnuário Antropológico0102-43022357-738X2018-01-01111Que barulho é esse? O dos Pós-modernos?Wilson Trajano Filho Desde a institucionalização da antropologia nas universidades britânicas e americanas na virada do século tem-se buscado urna metáfora, urna palavra- chave que sintetize tanto o fazer antropológico quanto seu objeto de estudo: sociedade e cultura. Poucos exemplos são aqui suficientes, não obstante a extensão da lista: sociedade como organismo vivo (Radcliffe-Brown), antropologia como tradução (Evans-Pritchard), cultura como o superorgânico (Kroeber), cultura como texto e antropologia como interpretação (Geertz). Tal lista sugere, por sua diversidade, o paradoxo de ser o fazer antropológico saudavelmente dinâmico, mas caracterizado por uma multiplicidade de abordagens e perspectivas nem sempre complementares, experienciando uma espalhada sensação de crise permanente. Recentemente uma das linhas de frente do debate antropológico, aquela conduzida pela federação interpretativa americana, tem proposto uma série de novas metáforas para a antropologia: diálogo, polifonia, evocação . . . Tais metáforas assim como a federação que as propõe estão presentes no volume Writing Culture editado por James Clifford e George Marcus.* Trata-se de uma coletânea de ensaios, apresentados originalmente num seminário em Santa Fé, cujo tema central gira em torno do escrever etnográfico. Seus atores são James Clifford, Mary Louise Pratt, Vincent Crapanzano, Renato Rosaldo, Stephen Tyler, Talal Asad, George Marcus, Michael Fischer e Paul Rabinow. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6380AntropologiaCrítica
spellingShingle Wilson Trajano Filho
Que barulho é esse? O dos Pós-modernos?
Anuário Antropológico
Antropologia
Crítica
title Que barulho é esse? O dos Pós-modernos?
title_full Que barulho é esse? O dos Pós-modernos?
title_fullStr Que barulho é esse? O dos Pós-modernos?
title_full_unstemmed Que barulho é esse? O dos Pós-modernos?
title_short Que barulho é esse? O dos Pós-modernos?
title_sort que barulho e esse o dos pos modernos
topic Antropologia
Crítica
url https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6380
work_keys_str_mv AT wilsontrajanofilho quebarulhoeesseodosposmodernos