Os Nossos Sonhos Não Cabem Nas Vossas Urnas: Um Laboratório de Experimentação Artivista

Existe um dominante enquadramento da arte que limita o seu impacto social com base em critérios definidos e reproduzidos pelas elites culturais. As performances artivistas podem subverter essas relações de poder uma vez que incorporam a dissensão simbólica de forma interventiva no real. Possuem um p...

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Bibliographic Details
Main Author: Rui Mourão
Format: Article
Language:English
Published: DINÂMIA’CET – IUL, Centre for Socioeconomic and Territorial Studies 2017-06-01
Series:Cidades, Comunidades e Território
Subjects:
Online Access:http://journals.openedition.org/cidades/428
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author Rui Mourão
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description Existe um dominante enquadramento da arte que limita o seu impacto social com base em critérios definidos e reproduzidos pelas elites culturais. As performances artivistas podem subverter essas relações de poder uma vez que incorporam a dissensão simbólica de forma interventiva no real. Possuem um potencial transformador – individual e coletivo – que alia a estética a uma ética e aproxima a arte à sociedade.Dentro dessa lógica, numa rotura de limites disciplinares entre arte, política e antropologia, desenvolvi a troika artivista OS NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS VOSSAS URNAS, constituída por livro (Ensaio de Artivismo - Vídeo e Performance) + videoinstalação (exposta no MNAC - Museu do Chiado) + performance em 3 Actos (que começou com a ocupação artivista do MNAC - Museu do Chiado e se expandiu ao MNAA e ao Palácio Nacional da Ajuda, sede do poder público da Cultura em Portugal).O artigo apresenta a perspetiva autoral de todo um laboratório artístico e político onde se criaram formas artísticas que permitiram obter uma voz na esfera pública, constituindo os seus participantes em atores políticos de contestação ao status quo. Ao longo do texto revela-se como foi vivida a experiência in loco, demonstrando-se como a arte pode empoderar as pessoas e como o corpo é o medium mais democrático e universal para o executar.Após um profundo processo de questionamento do sistema das artes chega-se inevitavelmente a um questionamento do próprio lugar do artista na sociedade contemporânea.
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