Povo Desenvolvido é Povo Limpo
O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre propaganda e saúde nos “anos de chumbo”, especificamente no ano de 1972 quando a ditadura encenava o ápice da repressão política no Brasil, sob o governo do general Emílio Garrastazu Médici. O foco da análise serão os três primeiros filmet...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
2020-09-01
|
Series: | Locus |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/30287 |
Summary: | O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre propaganda e saúde nos “anos de chumbo”, especificamente no ano de 1972 quando a ditadura encenava o ápice da repressão política no Brasil, sob o governo do general Emílio Garrastazu Médici. O foco da análise serão os três primeiros filmetes da campanha “Povo desenvolvido é povo limpo”, criada pelo publicitário Ruy Perotti Barbosa da Linxfilm e lançada pela Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP). A partir desses filmes será possível fazer reflexões sobre as relações entre ditadura e o campo da saúde, sobretudo, os aspectos de continuidade de certa concepção individualizante, que considera o sujeito como responsável pelo seu próprio bem estar. Com tal concepção, a AERP empreendeu uma campanha de higiene que, de modo mais amplo, funcionou
como propaganda de divulgação do projeto modernizador da ditadura civil-militar, pois, suprimiu a palavra saúde e atrelou os princípios de higiene à noção de desenvolvimento. |
---|---|
ISSN: | 1413-3024 2594-8296 |