Análise Morfológica Comparativa da Carcinogênese Química Cutânea entre Camundongo (Mus Musculus) e Gerbilho (Meriones Unguiculatos)
Foi estudada a resposta da pele de gerbilho à indução química de tumores, comparando-se as alterações morfológicas iniciais com aquelas que ocorrem na pele do camundongo. Dois modelos de carcinogenese foram aplicados: o cumulativo, utilizando metilcolantreno e o bifásico com metilcolantreno como in...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
2023-08-01
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Series: | Revista Brasileira de Cancerologia |
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author | Maria Angélica Guzmán Silva Jorge S. P. Guimarães |
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Foi estudada a resposta da pele de gerbilho à indução química de tumores, comparando-se as alterações morfológicas iniciais com aquelas que ocorrem na pele do camundongo. Dois modelos de carcinogenese foram aplicados: o cumulativo, utilizando metilcolantreno e o bifásico com metilcolantreno como iniciador e óleo de cróton como promotor. As alterações macroscópicas tais como espessamento da pele e hiperemia, induzidas com os dois tratamentos mencionados foram menos evidentes no gerbilho. A reação inflamatória e a hiperplasia, observadas microscopicamente, também foram de menor intensidade na pele de gerbilho, notando-se, durante os dois tratamentos, o paradoxo do estímulo permanente da proliferação celular, evidenciado pela elevação do índice mitotico, sem hiperplasia progressiva da epiderme. A nível ultra-estrutural, com o modelo cumulativo, na epiderme interfolicular do gerbilho, ocorreu dilatação do espaço intercelular menos evidente do que a registrada na do camundongo, e a indução de "células escuras" não foi observada até a 10ª semana de tratamento. Com o modelo bifásico, na epiderme interfolicular do gerbilho, nao houve indução de "células escuras" e a dilatação do espaço intercelular foi inicialmente, mímima, deixando de existir posteriormente, apesar da continuidade do tratamento. A pele do gerbilho, quando comparada com a de camundongo, mostrou-se relativamente resistente a carcinogenese química. Se no camundongo, com o modelo bifásico, após um período de latência de sete semanas, houve a formação de vários papilomas, no gerbilho não houve desenvolvimento de tumor até à 304 semana, com o modelo cumulativo, tanto no camundongo como no gerbilho, houve desenvolvimento de um papiloma; o período de latência no camundongo foi de dez semanas, enquanto que no gerbilho foi de quinze semanas. Os resultados obtidos sugerem que a relativa resistência da pele de gerbilho à carcinogênese química parece residir em um fenômeno de adaptação ao processo de promoção tumoral, particularmente com óleo de cróton.
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spelling | doaj.art-0c3fd155a7f64b04a24b12cdb8697b8f2024-03-03T10:36:52ZengInstituto Nacional de Câncer (INCA)Revista Brasileira de Cancerologia2176-97452023-08-0132110.32635/2176-9745.RBC.1986v32n1.3232Análise Morfológica Comparativa da Carcinogênese Química Cutânea entre Camundongo (Mus Musculus) e Gerbilho (Meriones Unguiculatos)Maria Angélica Guzmán Silva0Jorge S. P. Guimarães1Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, (RJ), Brasil.Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, (RJ), Brasil. Foi estudada a resposta da pele de gerbilho à indução química de tumores, comparando-se as alterações morfológicas iniciais com aquelas que ocorrem na pele do camundongo. Dois modelos de carcinogenese foram aplicados: o cumulativo, utilizando metilcolantreno e o bifásico com metilcolantreno como iniciador e óleo de cróton como promotor. As alterações macroscópicas tais como espessamento da pele e hiperemia, induzidas com os dois tratamentos mencionados foram menos evidentes no gerbilho. A reação inflamatória e a hiperplasia, observadas microscopicamente, também foram de menor intensidade na pele de gerbilho, notando-se, durante os dois tratamentos, o paradoxo do estímulo permanente da proliferação celular, evidenciado pela elevação do índice mitotico, sem hiperplasia progressiva da epiderme. A nível ultra-estrutural, com o modelo cumulativo, na epiderme interfolicular do gerbilho, ocorreu dilatação do espaço intercelular menos evidente do que a registrada na do camundongo, e a indução de "células escuras" não foi observada até a 10ª semana de tratamento. Com o modelo bifásico, na epiderme interfolicular do gerbilho, nao houve indução de "células escuras" e a dilatação do espaço intercelular foi inicialmente, mímima, deixando de existir posteriormente, apesar da continuidade do tratamento. A pele do gerbilho, quando comparada com a de camundongo, mostrou-se relativamente resistente a carcinogenese química. Se no camundongo, com o modelo bifásico, após um período de latência de sete semanas, houve a formação de vários papilomas, no gerbilho não houve desenvolvimento de tumor até à 304 semana, com o modelo cumulativo, tanto no camundongo como no gerbilho, houve desenvolvimento de um papiloma; o período de latência no camundongo foi de dez semanas, enquanto que no gerbilho foi de quinze semanas. Os resultados obtidos sugerem que a relativa resistência da pele de gerbilho à carcinogênese química parece residir em um fenômeno de adaptação ao processo de promoção tumoral, particularmente com óleo de cróton. https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3232Carcinogênese Química CutâneaModelo CumulativoModelo BifásicoGerbilho |
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