Sobre a tradução e o ensino: o humor levado a sério
Este artigo é uma réplica ao artigo do Professor Adauri Brezolin (TradTerm 4.1, 1997) que comenta o meu trabalho (TradTerm 3, 1996) sobre a problemática da tradução de humor em forma de piadas e chistes. Brezolin e eu concordamos que é possível traduzir piadas e chistes que surgem do contexto ou da...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de São Paulo
1998-04-01
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Series: | TradTerm |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/49555 |
Summary: | Este artigo é uma réplica ao artigo do Professor Adauri Brezolin (TradTerm 4.1, 1997) que comenta o meu trabalho (TradTerm 3, 1996) sobre a problemática da tradução de humor em forma de piadas e chistes. Brezolin e eu concordamos que é possível traduzir piadas e chistes que surgem do contexto ou da situação, isto é, que refletem o funcionamento do mundo. Todavia, divergimos com respeito à possibilidade de traduzir humor que se origina de ambigüidade semântica, sintática ou fonológica. Segundo Brezolin, todos os textos humorísticos são traduzíveis. A minha finalidade neste trabalho é reiterar que as piadas e chistes baseados num jogo de palavras específico a uma determinada língua-fonte são intraduzíveis e o tradutor fatalmente terá de (re)criar ou retirar de seu repertório "outra" piada numa determinada língua-alvo.
Esta postura tradutória se deve aos fatos lingüísticos de cada idioma, isto é, aos componentes estruturais intrinsecamente peculiares à língua x em confronto com língua y, e não motivada por uma ideologia que considera os eventuais significados do texto original como intocáveis, que a todo custo devem ser protegidos.
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ISSN: | 0104-639X 2317-9511 |