Eric Hobsbawm: um historiador universal

A morte de Eric J. Hobsbawm, em 1º de outubro de 2012, suscitou em várias partes do mundo manifestações condizentes com o papel que esse historiador desempenhou na historiografia. Porém, no Brasil o que chamou atenção na grande imprensa foi a publicação de libelos acusatórios das opções ideológicas...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Claudio Henrique de Moraes Batalha
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 2012-12-01
Series:Linhas Críticas
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/4052
Description
Summary:A morte de Eric J. Hobsbawm, em 1º de outubro de 2012, suscitou em várias partes do mundo manifestações condizentes com o papel que esse historiador desempenhou na historiografia. Porém, no Brasil o que chamou atenção na grande imprensa foi a publicação de libelos acusatórios das opções ideológicas e políticas que realizou ao longo de sua vida. A revista semanal Veja (4/10/2012), campeã das salas de espera de consultórios médicos privados e das teses de direita, publicou artigo com o título “A imperdoável cegueira ideológica de Eric Hobsbawm”. Já na Folha de S. Paulo (10/10/2012), foi a vez de Demétrio Magnoli – um dos vários que oriundo da corrente trotskista “Liberdade e Luta” acabou como porta-voz da direita, dita liberal – acusar Hobsbawm por não haver denunciado os crimes do stalinismo, em artigo intitulado “O esqueleto que sorri”. A tônica de ambos era que Hobsbawm teria sido melhor historiador se não fosse marxista e se não tivesse assumido as posições que assumiu, no entanto, nesse caso ele jamais teria sido Hobsbawm.
ISSN:1516-4896
1981-0431