Além da "Monocultura Institucional": instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo
A teoria econômica moderna foi além do "fundamentalismo do capital". Nas palavras de Hoff e Stiglitz (2001, p. 389), "o desenvolvimento não é mais visto primariamente como um processo de acúmulo de capital, mas antes como um processo de mudança organizacional". Essa percepção pos...
| Main Author: | |
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| Format: | Article |
| Language: | Spanish |
| Published: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2003-01-01
|
| Series: | Sociologias |
| Subjects: | |
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| description | A teoria econômica moderna foi além do "fundamentalismo do capital". Nas palavras de Hoff e Stiglitz (2001, p. 389), "o desenvolvimento não é mais visto primariamente como um processo de acúmulo de capital, mas antes como um processo de mudança organizacional". Essa percepção possibilitou uma "virada institucional" na teoria do desenvolvimento ao enfatizar o papel de idéias e das instituições enquanto determinantes das possibilidades para o acúmulo de capital, ao invés do oposto. Tanto a "nova teoria do crescimento" quanto o "novo institucionalismo" de Douglass North são exemplos dessa virada institucional. Infelizmente, a "virada institucional" tem sido utilizada de modo perverso por formadores de políticas globais. A visão globalmente dominante é a de que, por serem as instituições tão importantes, por conseguinte, um planejamento institucional baseado em versões idealizadas de instituições anglo-americanas deve ser uniformemente imposto aos países ao Sul do globo para que se desenvolvam. De forma não surpreendente, essa visão falhou na prática. Perspectivas alternativas propostas por Rodrik e Sen defendem que o desenvolvimento tem poucas possibilidades de ter êxito a menos que a mudança institucional esteja alicerçada na tomada de decisões local. Essa é a visão explorada neste trabalho. O estado de Kerala na Índia e a cidade de Porto Alegre no Brasil são utilizados como casos concretos. |
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| publisher | Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
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