Polícia, segurança e crime em Portugal: ambiguidades e paixões recentes Police, security and crime in Portugal: ambiguities and recent passions

Este texto parte de dados de um estudo etnográfico sobre a Polícia de Segurança Pública portuguesa e os modos do policiamento urbano. São destacadas algumas das principais considerações sobre como a atividade policial é sustentada por uma gestão e moralização de ordens urbanas, construídas em várias...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Susana Durão
Format: Article
Language:English
Published: Centro em Rede de Investigação em Antropologia 2011-02-01
Series:Etnográfica: Revista do Centro em Rede de Investigação em Antropologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612011000100007
Description
Summary:Este texto parte de dados de um estudo etnográfico sobre a Polícia de Segurança Pública portuguesa e os modos do policiamento urbano. São destacadas algumas das principais considerações sobre como a atividade policial é sustentada por uma gestão e moralização de ordens urbanas, construídas em várias escalas, conferindo ao tema do “crime” um peso relativo e mesmo ambíguo. Para tal contribui a forma como os polícias aprendem a cidade, como aprendem a burocracia e como vivem as experiências da deslocação nas suas trajetórias pessoais. O texto propõe ainda uma reflexão sobre como o processo de produção de estatísticas criminais ocupa um papel cada vez mais relevante na definição das identidades e da organização policiais.<br>This paper results from an ethnographic study of the Portuguese urban police (Polícia de Segurança Pública) and its policing modes. Some of the main considerations about how police activity is sustained by a moral management of urban orders constructed at several scales are highlighted. Moreover, that confers to the “crime” theme a moderate and ambiguous weight. In this vein, we may look at how police officers learn and experience the city, learn the bureaucracy, and how they experience dislocation in their personal trajectories. The paper also proposes a reflection on the makings of criminal statistics, a process that has an increasingly relevant role in policing identities and organization.
ISSN:0873-6561