Summary: | A proposta deste artigo é analisar sentidos e modos nas criações poéticas de Crepúsculo de arame e de Os dias partidos, ambas do poeta e filósofo Wagner Rocha. Os versos associam a poesia à história da repressão política no Brasil. Por meio da leitura e análise, o estudo apresenta questões sociais, estéticas e filosóficas. O eu poético exprime-se como um ser agônico, refletindo em configurações filosóficas a dor da vida diante do totalitarismo político. Quanto ao estilo, percebe-se certo equilíbrio entre o obscurantismo carregado do problema e a palavra que o expressa. Quanto aos sentidos, observa-se a construção de uma poesia de resistência em que se pressentem elos mentais com autores como Heidegger, que, dentre outros estudiosos, serve de apoio para as reflexões apresentadas.
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