Situação difícil em dor oncológica: dor do tipo breakthrough

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor do tipo breakthrough ocorre com frequência em pacientes oncológicos e é pouco estudada no Brasil. Este estudo teve como objetivo estudar as características da dor do tipo breakthrough e comparar a evolução durante três dias.METODOS: Trata-se de um estudo longitudinal...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Rafael Toledo Enes Nogueira, Érica Brandão de Moraes Vieira, Luis Henrique Albuquerque Sousa, João Batista Santos Garcia
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor 2014-03-01
Series:Revista Dor
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132014000100041&tlng=pt
Description
Summary:JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor do tipo breakthrough ocorre com frequência em pacientes oncológicos e é pouco estudada no Brasil. Este estudo teve como objetivo estudar as características da dor do tipo breakthrough e comparar a evolução durante três dias.METODOS: Trata-se de um estudo longitudinal em que foi aplicado um questionário específico criado para a pesquisa e composto por dados sociodemográficos (idade, gênero, estado civil, profissão, renda, procedência), dados referentes ao câncer (tipos de tumor primário, existência de metástase, abordagem terapêutica como quimioterapia e/ou radioterapia, tratamento cirúrgico e fármacos) e parâmetros referentes à dor do tipo breakthrough(número de episódios por dia, duração da crise, intensidade, velocidade de inicio da dor e as variedades de dor do tipo breakthrough: espontânea, incidental e falha do fármaco no final da dose).RESULTADOS: A maioria era do gênero feminino (71,7%), com idade de 30 a 50 anos (41,7%), realizava quimioterapia e radioterapia concomitante (41,7%), e tinha câncer de colo uterino (54,2%). A média da intensidade dolorosa foi 7, com desvio padrão de 2,3. Em relação à presença de dor do tipo breakthrough, não houve diferença estatisticamente significativa nos três momentos de avaliação. Durante as três avaliações observou-se que houve redução no percentual de pacientes que sentiam dor com tempo acima de 15 minutos na terceira avaliação (p=0,004). Não houve diferença entre as três avaliações quanto ao perfil farmacológico (p=0,34).CONCLUSÃO: A dor do tipo breakthrough foi frequente na população estudada. O uso de opioides mostrou eficácia na diminuição do tempo de dor e dor espontânea.
ISSN:2317-6393