O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal
No sistema nervoso, a sinapse é a estrutura que permite a um neurônio passar um sinal elétrico ouquímico a outro neurônio ou outra célula (muscular ou glandular). A palavra sinapse vem de "synaptein",palavra que Sir Charles Scott Sherrington e seus colegas acunharam do grego "syn"...
Main Authors: | , , , , , , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de São Paulo
2011-06-01
|
Series: | Medicina |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/47356 |
_version_ | 1818507411806224384 |
---|---|
author | Suélen Merlo Janaína Brusco Fernando E. Padovan-Neto Carlos J.S. Rohner Érika T. Ikeda Jana B. de Ross Lezio S. Bueno Júnior Rafael N. Ruggiero Helene A. Fachim Jorge E. Moreira |
author_facet | Suélen Merlo Janaína Brusco Fernando E. Padovan-Neto Carlos J.S. Rohner Érika T. Ikeda Jana B. de Ross Lezio S. Bueno Júnior Rafael N. Ruggiero Helene A. Fachim Jorge E. Moreira |
author_sort | Suélen Merlo |
collection | DOAJ |
description | No sistema nervoso, a sinapse é a estrutura que permite a um neurônio passar um sinal elétrico ouquímico a outro neurônio ou outra célula (muscular ou glandular). A palavra sinapse vem de "synaptein",palavra que Sir Charles Scott Sherrington e seus colegas acunharam do grego "syn" (junto) e "haptein"(afivelar). As sinapses podem ser separadas entre elétricas e químicas, porém a maior parte da transmissão sináptica é realizada através das sinapses químicas. Apesar das sinapses químicas teremuma resposta mais lenta que as elétricas, elas possuem a vantagem da amplificação do sinal geradaatravés de uma cascata de segundos mensageiros. As sinapses químicas podem ser excitatórias ouinibitórias e são caracterizadas por um terminal pré-sináptico (onde estão presentes as vesículas quecontêm os neurotransmissores) em contato com um terminal pós-sináptico (onde estão presentes osreceptores ionotrópicos e metabotrópicos para esses neurotransmissores) separados pela fenda sináptica. As sinapses típicas acontecem sobre axônios (axo-axônicas), sobre dendritos (axo-dendríticas), sobre o soma de outro neurônio (axo-somáticas) e sobre os espinhos dendríticos. Os espinhosdendríticos são pequenas profusões da membrana celular especializadas na compartimentalizaçãosináptica. Atualmente há muita informação sobre a biossíntese dos neurotransmissores clássicoscomo acetilcolina, glutamato, GABA, glicina, dopamina, noradrenalina e serotonina e os seus receptores específicos para o funcionamento do sistema nervoso central (SNC). Ao mesmo tempo o estudo denovas substâncias neurotransmissoras (por exemplo ATP, óxido nítrico, endocanabinóides e neuropeptídeos) tem avançado enormemente. Esta revisão é uma seleção resumida de informações fundamentais a partir da literatura mais recente dos principais aspectos funcionais e moleculares do ciclo davesícula sináptica, da composição da densidade pós-sináptica, dos espinhos dendríticos e do mecanismo de transdução de sinal. |
first_indexed | 2024-12-10T22:18:03Z |
format | Article |
id | doaj.art-0f399e37eb7c46c1b3b5fe2f050cc68e |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 0076-6046 2176-7262 |
language | Portuguese |
last_indexed | 2024-12-10T22:18:03Z |
publishDate | 2011-06-01 |
publisher | Universidade de São Paulo |
record_format | Article |
series | Medicina |
spelling | doaj.art-0f399e37eb7c46c1b3b5fe2f050cc68e2022-12-22T01:31:24ZporUniversidade de São PauloMedicina0076-60462176-72622011-06-0144210.11606/issn.2176-7262.v44i2p157-171O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinalSuélen Merlo0Janaína Brusco1Fernando E. Padovan-Neto2Carlos J.S. Rohner3Érika T. Ikeda4Jana B. de Ross5Lezio S. Bueno Júnior6Rafael N. Ruggiero7Helene A. Fachim8Jorge E. Moreira9Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP).Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São PauloFaculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São PauloNo sistema nervoso, a sinapse é a estrutura que permite a um neurônio passar um sinal elétrico ouquímico a outro neurônio ou outra célula (muscular ou glandular). A palavra sinapse vem de "synaptein",palavra que Sir Charles Scott Sherrington e seus colegas acunharam do grego "syn" (junto) e "haptein"(afivelar). As sinapses podem ser separadas entre elétricas e químicas, porém a maior parte da transmissão sináptica é realizada através das sinapses químicas. Apesar das sinapses químicas teremuma resposta mais lenta que as elétricas, elas possuem a vantagem da amplificação do sinal geradaatravés de uma cascata de segundos mensageiros. As sinapses químicas podem ser excitatórias ouinibitórias e são caracterizadas por um terminal pré-sináptico (onde estão presentes as vesículas quecontêm os neurotransmissores) em contato com um terminal pós-sináptico (onde estão presentes osreceptores ionotrópicos e metabotrópicos para esses neurotransmissores) separados pela fenda sináptica. As sinapses típicas acontecem sobre axônios (axo-axônicas), sobre dendritos (axo-dendríticas), sobre o soma de outro neurônio (axo-somáticas) e sobre os espinhos dendríticos. Os espinhosdendríticos são pequenas profusões da membrana celular especializadas na compartimentalizaçãosináptica. Atualmente há muita informação sobre a biossíntese dos neurotransmissores clássicoscomo acetilcolina, glutamato, GABA, glicina, dopamina, noradrenalina e serotonina e os seus receptores específicos para o funcionamento do sistema nervoso central (SNC). Ao mesmo tempo o estudo denovas substâncias neurotransmissoras (por exemplo ATP, óxido nítrico, endocanabinóides e neuropeptídeos) tem avançado enormemente. Esta revisão é uma seleção resumida de informações fundamentais a partir da literatura mais recente dos principais aspectos funcionais e moleculares do ciclo davesícula sináptica, da composição da densidade pós-sináptica, dos espinhos dendríticos e do mecanismo de transdução de sinal.http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/47356Transmissão Sináptica. Proteínas Sinápticas. ReceptoresNeurotransmissores. |
spellingShingle | Suélen Merlo Janaína Brusco Fernando E. Padovan-Neto Carlos J.S. Rohner Érika T. Ikeda Jana B. de Ross Lezio S. Bueno Júnior Rafael N. Ruggiero Helene A. Fachim Jorge E. Moreira O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal Medicina Transmissão Sináptica. Proteínas Sinápticas. Receptores Neurotransmissores. |
title | O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal |
title_full | O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal |
title_fullStr | O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal |
title_full_unstemmed | O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal |
title_short | O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal |
title_sort | o ciclo da vesicula sinaptica espinhos dendriticos e a transducao de sinal |
topic | Transmissão Sináptica. Proteínas Sinápticas. Receptores Neurotransmissores. |
url | http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/47356 |
work_keys_str_mv | AT suelenmerlo ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT janainabrusco ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT fernandoepadovanneto ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT carlosjsrohner ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT erikatikeda ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT janabdeross ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT leziosbuenojunior ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT rafaelnruggiero ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT heleneafachim ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal AT jorgeemoreira ociclodavesiculasinapticaespinhosdendriticoseatransducaodesinal |