A febre da guerra: retórica e demagogia em Ifigénia em Áulide

Ifigénia em Áulide inscreve-se no questionamento euripidiano sobre a justeza da guerra, num tempo de decadência e fractura da Hélade, fruto da longa guerra civil que destruiu cidades, destruiu valores e expôs todas as repercussões da acção funesta dos demagogos, do perigo que representa a multidão...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Maria do Céu Fialho
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Aveiro 2016-01-01
Series:Ágora
Subjects:
Online Access:https://proa.ua.pt/index.php/agora/article/view/8047
Description
Summary:Ifigénia em Áulide inscreve-se no questionamento euripidiano sobre a justeza da guerra, num tempo de decadência e fractura da Hélade, fruto da longa guerra civil que destruiu cidades, destruiu valores e expôs todas as repercussões da acção funesta dos demagogos, do perigo que representa a multidão exposta à manipulação pela sede de riqueza, facilmente obtida na guerra. Os inocentes são as vítimas. O Panelenismo denuncia-se como uma construção falaciosa. Eurípides utiliza várias modalidades de discursos de persuasão — sem eficácia persuasiva, mas que desmascaram personagens, sejam os elocutores ou os receptores desses discursos — para dar mais vida a essa tensão de fim de século.
ISSN:0874-5498
2183-4334