Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*

Este artigo explora algumas rotas dentro da história da transferência de plantas, especialmente durante o período do imperialismo europeu. Tenta extrair conhecimento de diferentes campos de pesquisa, que geralmente não estão justapostos, tecendo em conjunto perspectivas advindas de disciplinas contr...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: William Beinart, Karen Midleton
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Series:Topoi
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2009000200160&lng=en&tlng=en
_version_ 1818189814374072320
author William Beinart
Karen Midleton
author_facet William Beinart
Karen Midleton
author_sort William Beinart
collection DOAJ
description Este artigo explora algumas rotas dentro da história da transferência de plantas, especialmente durante o período do imperialismo europeu. Tenta extrair conhecimento de diferentes campos de pesquisa, que geralmente não estão justapostos, tecendo em conjunto perspectivas advindas de disciplinas contrastantes. Não pretende oferecer uma história completa, pois tal seria uma tarefa muito mais complexa. Tentamos incluir deliberadamente plantas cultivadas para a agricultura, plantas de jardim, ervas daninhas e plantas invasoras na mesma estrutura de análise, pois é difícil definir algumas espécies apenas dentro de uma dessas categorias culturalmente construídas. O artigo desenvolve três pontos principais. Primeiramente, ele levanta questões sobre o padrão assimétrico de transferência de plantas durante o período imperialista, consequentemente desafiando algumas das proposições presentes no livro Ecological imperialism, de Alfred Crosby. Em segundo lugar, avaliamos a literatura recente com relação à história da botânica e das instituições botânicas e sugerimos que uma área mais ampla de atuação humana necessita ser considerada, assim como as transferências acidentais, se quisermos mapear e compreender os movimentos globais das espécies de plantas. Em terceiro lugar, argumentamos que, na busca de generalizações sobre os padrões de transferência, os cientistas têm se concentrado em demasia nas propriedades das plantas e os historiadores, no entendimento das instituições políticas e econômicas. A construção de uma história global, assim como de histórias de plantas específicas, requer uma combinação de percepções e pesquisas advindas das ciências exatas, sociais e humanas.
first_indexed 2024-12-11T23:48:48Z
format Article
id doaj.art-0fa4ae20e4fc45e580719d7156793285
institution Directory Open Access Journal
issn 2237-101X
language English
last_indexed 2024-12-11T23:48:48Z
publisher Universidade Federal do Rio de Janeiro
record_format Article
series Topoi
spelling doaj.art-0fa4ae20e4fc45e580719d71567932852022-12-22T00:45:32ZengUniversidade Federal do Rio de JaneiroTopoi2237-101X101916018010.1590/2237-101X010019010S2237-101X2009000200160Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*William BeinartKaren MidletonEste artigo explora algumas rotas dentro da história da transferência de plantas, especialmente durante o período do imperialismo europeu. Tenta extrair conhecimento de diferentes campos de pesquisa, que geralmente não estão justapostos, tecendo em conjunto perspectivas advindas de disciplinas contrastantes. Não pretende oferecer uma história completa, pois tal seria uma tarefa muito mais complexa. Tentamos incluir deliberadamente plantas cultivadas para a agricultura, plantas de jardim, ervas daninhas e plantas invasoras na mesma estrutura de análise, pois é difícil definir algumas espécies apenas dentro de uma dessas categorias culturalmente construídas. O artigo desenvolve três pontos principais. Primeiramente, ele levanta questões sobre o padrão assimétrico de transferência de plantas durante o período imperialista, consequentemente desafiando algumas das proposições presentes no livro Ecological imperialism, de Alfred Crosby. Em segundo lugar, avaliamos a literatura recente com relação à história da botânica e das instituições botânicas e sugerimos que uma área mais ampla de atuação humana necessita ser considerada, assim como as transferências acidentais, se quisermos mapear e compreender os movimentos globais das espécies de plantas. Em terceiro lugar, argumentamos que, na busca de generalizações sobre os padrões de transferência, os cientistas têm se concentrado em demasia nas propriedades das plantas e os historiadores, no entendimento das instituições políticas e econômicas. A construção de uma história global, assim como de histórias de plantas específicas, requer uma combinação de percepções e pesquisas advindas das ciências exatas, sociais e humanas.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2009000200160&lng=en&tlng=entransferências de plantashistória ambientalimperialismo ecológico.
spellingShingle William Beinart
Karen Midleton
Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*
Topoi
transferências de plantas
história ambiental
imperialismo ecológico.
title Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*
title_full Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*
title_fullStr Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*
title_full_unstemmed Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*
title_short Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*
title_sort transferencias de plantas em uma perspectiva historica o estado da discussao
topic transferências de plantas
história ambiental
imperialismo ecológico.
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2009000200160&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT williambeinart transferenciasdeplantasemumaperspectivahistoricaoestadodadiscussao
AT karenmidleton transferenciasdeplantasemumaperspectivahistoricaoestadodadiscussao