CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DO GRAU DE RISCO SOBRE DST E HIV/AIDS E A UTILIZAÇÃO DO PRESERVATIVO ENTRE IDOSOS: O AUTOCUIDADO SADIO E A ENFERMAGEM NESTE CONTEXTO.

INTRODUÇÃO: A mudança da população brasileira, de predominantemente jovem para uma população em fase de envelhecimento contribui para uma reflexão acerca do comportamento sexual de risco e suas conseqüências para com a saúde dos idosos. Embora se observe um aumento significativo do número de casos d...

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Main Authors: Bruna de souza Garcez, Jacqueline de Souza Garcez, Marcelle Rodrigues Pessanha Paixão, Ana Claudia Vianna Fernandes, Rita Batista dos Santos
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 2010-12-01
Series:Revista de Pesquisa : Cuidado é Fundamental Online
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Online Access:http://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1081
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description INTRODUÇÃO: A mudança da população brasileira, de predominantemente jovem para uma população em fase de envelhecimento contribui para uma reflexão acerca do comportamento sexual de risco e suas conseqüências para com a saúde dos idosos. Embora se observe um aumento significativo do número de casos de infecção pelo HIV/AIDS em pessoas com 50 anos e mais de idade, não é comum que essa população se considere vulnerável para contrair alguma Doença Sexualmente Transmissível. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre a percepção quanto o grau de risco de adquirir Doença Sexualmente Transmissível e HIV/AIDS e o uso do preservativo. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo realizado em um clube de convivência para idosos de abril a junho de 2010, sendo os sujeitos da pesquisa 29 pessoas, com idade entre 50 e 75 anos. A análise estatística foi feita utilizado o software XLSTAT para EXCEL, utilizando-se coeficiente de correlação de Pearson, de associação e de contigência, além do desvio padrão. RESULTADOS: A média de idade foi de 60,44 com mediana de 60 anos, sendo o desvio padrão de 6,3, com isso, a predominância dos entrevistados possui idade entre 55 e 60 anos. Dos entrevistados, (100%) dos homens e a maioria das mulheres (64%) relataram manter relações sexuais. Alguns estudos apontam que em relação às mulheres, apesar de terem a freqüência de relações sexuais diminuídas por ocasião da menopausa, elas continuam com atividade sexual ativa e têm dificuldade em negociar o uso do preservativo com os parceiros. Tal fato pode ser evidenciado neste estudo, pois 36% de mulheres e 47% dos homens afirmaram não ter utilizado preservativo nas relações de janeiro a junho de 2010. Ao analisar as informações quanto a percepção de risco para DST e o motivo de não usar preservativo, o coeficiente de contingencia foi de 0,5122, para tanto, uma associação regular. Com relação à percepção de risco para HIV/AIDS e o motivo de não usar preservativo, o coeficiente de contigencia 0,6071 permite afirmar que há uma associação forte entre as variáveis. CONCLUSÕES: Com isso, denota-se a existência de uma maior consciência pessoal acerca dos riscos da infecção pelo HIV relacionado à utilização do preservativo, quando comparado à percepção de risco para DST. Contudo, as Doenças Sexualmente Transmissíveis ainda podem ser consideradas tabus entre os idosos, visto que a percepção de risco relacionada ao uso da camisinha não foi significativa. No âmbito do autocuidado, o senso comum se constitui numa concepção de mundo absorvida acriticamente, ocasional e desagregada, baseando-se na concepção gramsciana, é uma forma de conhecimento do mundo, “pré-científica” ou “a-científica” de compreender e dar sentido aos fenômenos reais. Para tanto, partindo do pressuposto que o autocuidado Sadio é mais social do que biológico, baseado na concepção gramsiciana de Núcleo de Bom Senso ou Núcleo Sadio do Senso Comum. Permeia a instrumentalização do indivíduo visando sua qualidade de vida, visto que se sobressalta a vulnerabilidade dos idosos às Doenças Sexualmente Transmissíveis como sendo algo muito mais complexo do que simplesmente a utilização do preservativo, pois a este hábito estão atreladas questões de ordem sociais, culturais e individuais. REFERÊNCIAS: LIMA-COSTA, Maria Fernanda; MATOS, Divane Leite and CAMARANO, Ana Amélia. Evolução das desigualdades sociais em saúde entre idosos e adultos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 1998, 2003). Ciênc. saúde coletiva 2006, vol.11, n.4, pp. 941-950. ISSN 1413-8123. doi: 10.1590/S1413-81232006000400016. LOURENCO, Roberto Alves; MARTINS, Cláudia de Souza Ferreira; SANCHEZ, Maria Angélica S and VERAS, Renato Peixoto. Assistência ambulatorial geriátrica: hierarquização da demanda. Rev. Saúde Pública. 2005, vol.39, n.2, pp. 311-318. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89102005000200025. PICCINI, Roberto Xavier et al. Necessidades de saúde comuns aos idosos: efetividade na oferta e utilização em atenção básica à saúde. Ciênc. saúde coletiva. 2006, vol.11, n.3, pp. 657-667. ISSN 1413-8123. doi: 10.1590/S1413-81232006000300014. SANTOS, Rita Batista. Protocolo de atenção domiciliar em enfermagem e a substitutividade. Enferm Bras. 2009;8(3):152-9.
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spelling doaj.art-0ff46ab4404c4eb4b9365eedc42b6a292022-12-21T20:06:28ZengUniversidade Federal do Estado do Rio de JaneiroRevista de Pesquisa : Cuidado é Fundamental Online1809-61072175-53612010-12-01CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DO GRAU DE RISCO SOBRE DST E HIV/AIDS E A UTILIZAÇÃO DO PRESERVATIVO ENTRE IDOSOS: O AUTOCUIDADO SADIO E A ENFERMAGEM NESTE CONTEXTO.Bruna de souza Garcez0Jacqueline de Souza Garcez1Marcelle Rodrigues Pessanha Paixão2Ana Claudia Vianna Fernandes3Rita Batista dos Santos4Universidade Salgado de OliveiraUniversidade Salgado de OliveiraUniversidade Salgado de OliveiraUniversidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal do Rio de JaneiroINTRODUÇÃO: A mudança da população brasileira, de predominantemente jovem para uma população em fase de envelhecimento contribui para uma reflexão acerca do comportamento sexual de risco e suas conseqüências para com a saúde dos idosos. Embora se observe um aumento significativo do número de casos de infecção pelo HIV/AIDS em pessoas com 50 anos e mais de idade, não é comum que essa população se considere vulnerável para contrair alguma Doença Sexualmente Transmissível. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre a percepção quanto o grau de risco de adquirir Doença Sexualmente Transmissível e HIV/AIDS e o uso do preservativo. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo realizado em um clube de convivência para idosos de abril a junho de 2010, sendo os sujeitos da pesquisa 29 pessoas, com idade entre 50 e 75 anos. A análise estatística foi feita utilizado o software XLSTAT para EXCEL, utilizando-se coeficiente de correlação de Pearson, de associação e de contigência, além do desvio padrão. RESULTADOS: A média de idade foi de 60,44 com mediana de 60 anos, sendo o desvio padrão de 6,3, com isso, a predominância dos entrevistados possui idade entre 55 e 60 anos. Dos entrevistados, (100%) dos homens e a maioria das mulheres (64%) relataram manter relações sexuais. Alguns estudos apontam que em relação às mulheres, apesar de terem a freqüência de relações sexuais diminuídas por ocasião da menopausa, elas continuam com atividade sexual ativa e têm dificuldade em negociar o uso do preservativo com os parceiros. Tal fato pode ser evidenciado neste estudo, pois 36% de mulheres e 47% dos homens afirmaram não ter utilizado preservativo nas relações de janeiro a junho de 2010. Ao analisar as informações quanto a percepção de risco para DST e o motivo de não usar preservativo, o coeficiente de contingencia foi de 0,5122, para tanto, uma associação regular. Com relação à percepção de risco para HIV/AIDS e o motivo de não usar preservativo, o coeficiente de contigencia 0,6071 permite afirmar que há uma associação forte entre as variáveis. CONCLUSÕES: Com isso, denota-se a existência de uma maior consciência pessoal acerca dos riscos da infecção pelo HIV relacionado à utilização do preservativo, quando comparado à percepção de risco para DST. Contudo, as Doenças Sexualmente Transmissíveis ainda podem ser consideradas tabus entre os idosos, visto que a percepção de risco relacionada ao uso da camisinha não foi significativa. No âmbito do autocuidado, o senso comum se constitui numa concepção de mundo absorvida acriticamente, ocasional e desagregada, baseando-se na concepção gramsciana, é uma forma de conhecimento do mundo, “pré-científica” ou “a-científica” de compreender e dar sentido aos fenômenos reais. Para tanto, partindo do pressuposto que o autocuidado Sadio é mais social do que biológico, baseado na concepção gramsiciana de Núcleo de Bom Senso ou Núcleo Sadio do Senso Comum. Permeia a instrumentalização do indivíduo visando sua qualidade de vida, visto que se sobressalta a vulnerabilidade dos idosos às Doenças Sexualmente Transmissíveis como sendo algo muito mais complexo do que simplesmente a utilização do preservativo, pois a este hábito estão atreladas questões de ordem sociais, culturais e individuais. REFERÊNCIAS: LIMA-COSTA, Maria Fernanda; MATOS, Divane Leite and CAMARANO, Ana Amélia. Evolução das desigualdades sociais em saúde entre idosos e adultos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 1998, 2003). Ciênc. saúde coletiva 2006, vol.11, n.4, pp. 941-950. ISSN 1413-8123. doi: 10.1590/S1413-81232006000400016. LOURENCO, Roberto Alves; MARTINS, Cláudia de Souza Ferreira; SANCHEZ, Maria Angélica S and VERAS, Renato Peixoto. Assistência ambulatorial geriátrica: hierarquização da demanda. Rev. Saúde Pública. 2005, vol.39, n.2, pp. 311-318. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89102005000200025. PICCINI, Roberto Xavier et al. Necessidades de saúde comuns aos idosos: efetividade na oferta e utilização em atenção básica à saúde. Ciênc. saúde coletiva. 2006, vol.11, n.3, pp. 657-667. ISSN 1413-8123. doi: 10.1590/S1413-81232006000300014. SANTOS, Rita Batista. Protocolo de atenção domiciliar em enfermagem e a substitutividade. Enferm Bras. 2009;8(3):152-9.http://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1081Síndrome da imunodeficiência adquiridaDSTenvelhecimentoconhecimentoautocuidado
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Marcelle Rodrigues Pessanha Paixão
Ana Claudia Vianna Fernandes
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CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DO GRAU DE RISCO SOBRE DST E HIV/AIDS E A UTILIZAÇÃO DO PRESERVATIVO ENTRE IDOSOS: O AUTOCUIDADO SADIO E A ENFERMAGEM NESTE CONTEXTO.
Revista de Pesquisa : Cuidado é Fundamental Online
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