<b>Sumário | Editorial</b>
A revista Galáxia surgiu no cenário intelectual nacional para atestar que a vitalidade das múltiplas confluências entre Comunicação e Semiótica delimitava um campo de conhecimento maduro capaz de produzir a sua própria revista científica. Fiel ao seu nome - homenagem a Haroldo de Campos, que, em po...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Pontíficia Universidade Católica de São Paulo
2007-02-01
|
Series: | Galáxia |
Online Access: | https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/1389 |
_version_ | 1811258575212773376 |
---|---|
author | Comissão Editorial |
author_facet | Comissão Editorial |
author_sort | Comissão Editorial |
collection | DOAJ |
description | A revista Galáxia surgiu no cenário intelectual nacional para atestar que a vitalidade das múltiplas confluências entre Comunicação e Semiótica delimitava um campo de conhecimento maduro capaz de produzir a sua própria revista científica. Fiel ao seu nome - homenagem a Haroldo de Campos, que, em poema homônimo, sinalizava para o convívio entre fronteiras -, a revista assumiu sua vocação transdisciplinar. O Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC/SP confiou o projeto inicial do periódico a Irene Machado, que respondeu, de forma notável, pela editoria científica dos sete primeiros números. A dedicação de Irene Machado contribuiu para consolidar a proposta dos trânsitos e fluxos de idéias como fatores de fomento da diversidade que marca a Comunicação como campo científico. Sem esse competente trabalho, a revista não teria alcançado o significativo patamar Nacional A na escala de avaliação do sistema Qualis/CAPES.
Nessa esteira, feita em nome do Programa, os rigores de edição do presente volume ficaram a cargo de uma comissão composta por Lucrécia D’Aléssio Ferrara, Ana Claudia de Oliveira, Eugênio Trivinho e Helena Katz.
Galáxia 8 apresenta uma dupla articulação na seção “Fórum”. José Luiz Fiorin mostra as contribuições de uma teoria da significação para a compreensão dos fenômenos comunicacionais, que não se restringem ao âmbito da produção de massa. Eric Landowski, por sua vez, chama a atenção para um outro regime de interpretação das encenações do corpo numa detalhada análise ancorada em quatro dimensões específicas do retrato (mimética, hermenêutica, cosmética e estética), na qual a fotografia dos homens políticos na imprensa é tratada como componente de uma estratégia discursiva midiática global. A problematização dessas dimensões possibilita ao autor desenvolver uma teoria semiótica da visualidade midiática. Com essas duas contribuições, seção Fórum enfatiza o vínculo imanente entre Comunicação e Semiótica.
A seção “Artigos” traz quatro seletos estudos. Para Ernest Hess-Lüttich, as diferenças midiáticas entre literatura, cinema e ópera não impediram o diálogo das sensações entre o conto “A Morte em Veneza”, de Thomas Mann, o filme de Visconti e a ópera de Britten, mesmo tendo as adaptações nascido de interpretações próprias do texto. Enfocando outra mídia, a televisão, Francisco Rüdiger parte de uma perspectiva histórica para entender os reality shows como espaço de articulação das relações de poder, sublinhando as raízes religiosas e populares do fenômeno. No campo de estudos sobre cibercultura, André Lemos transporta o conceito de ciborgue para o espaço das cidades contemporâneas, transfiguradas pelas tecnologias microeletrônicas e pela telecomunicação. Por fim, Gabriela Borges aborda outra forma de desdobramento intertextual ao analisar a relação entre o teatro de Samuel Beckett e as ferramentas eletrônicas que o levaram a explorar o potencial estético e artístico da televisão.
Na seção “Projetos”, José Luiz Martinez dedica-se à intersemiose musical, explorando- a na canção, na ópera, na música para teatro, na dança, no cinema, na multimídia e na hipermídia. Trata-se de projeto apoiado pela FAPESP, que agora pode ser avaliado pela comunidade científica.
Em “Resenhas”, a revista traz duas avaliações. The New Brazilian Cinema, editado por Lucia Nagib, é resenhado por Rogério Ferraraz, que considera a coletânea (que preenche uma lacuna bibliográfica), uma radiografia do cinema da retomada. Fabiana Dultra Britto, que resenha Leituras do corpo, organizado por Christine Greiner e Cláudia Amorim, considera que a obra contribui para o entendimento do corpo como mídia do conhecimento, na medida em que se oferece como um registro teórico cientificamente embasado.
Na última seção, dedicada a notícias relevantes da área de Comunicação e Semiótica, a revista celebra os dez anos do Centro de Pesquisas Sociossemióticas (CPS) da PUC/SP - projeto interinstitucional e internacional firmado com o Centre d´Etude de la Vie Politique Française da Fondation National des Sciences Politiques. O sucesso dessa longa trajetória de atividades produtivas e renovadas é noticiado por Eric Landowski, um dos diretores do CPS. A revista faz ainda menção ao 8o Congresso Nacional e Internacional de Semiótica, ricamente retratado por Maria Thereza Strôngoli. Fechando o volume, Edilson Cazeloto repertoria algumas das principais contribuições do Ciclo de Conferências e Debates “Horizontes do cibermundo: tensionar o presente, repensar a existência”, promovido pelo CENCIB - Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Comunicação e Cibercultura da PUCSP/SP.
Com esse conjunto de textos, Galáxia aprofunda o seu compromisso com o desenvolvimento do debate intelectual na área de Comunicação. |
first_indexed | 2024-04-12T18:16:30Z |
format | Article |
id | doaj.art-1009674ed1d64cfba091d32490704251 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1982-2553 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-12T18:16:30Z |
publishDate | 2007-02-01 |
publisher | Pontíficia Universidade Católica de São Paulo |
record_format | Article |
series | Galáxia |
spelling | doaj.art-1009674ed1d64cfba091d324907042512022-12-22T03:21:35ZengPontíficia Universidade Católica de São PauloGaláxia1982-25532007-02-018<b>Sumário | Editorial</b>Comissão EditorialA revista Galáxia surgiu no cenário intelectual nacional para atestar que a vitalidade das múltiplas confluências entre Comunicação e Semiótica delimitava um campo de conhecimento maduro capaz de produzir a sua própria revista científica. Fiel ao seu nome - homenagem a Haroldo de Campos, que, em poema homônimo, sinalizava para o convívio entre fronteiras -, a revista assumiu sua vocação transdisciplinar. O Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC/SP confiou o projeto inicial do periódico a Irene Machado, que respondeu, de forma notável, pela editoria científica dos sete primeiros números. A dedicação de Irene Machado contribuiu para consolidar a proposta dos trânsitos e fluxos de idéias como fatores de fomento da diversidade que marca a Comunicação como campo científico. Sem esse competente trabalho, a revista não teria alcançado o significativo patamar Nacional A na escala de avaliação do sistema Qualis/CAPES. Nessa esteira, feita em nome do Programa, os rigores de edição do presente volume ficaram a cargo de uma comissão composta por Lucrécia D’Aléssio Ferrara, Ana Claudia de Oliveira, Eugênio Trivinho e Helena Katz. Galáxia 8 apresenta uma dupla articulação na seção “Fórum”. José Luiz Fiorin mostra as contribuições de uma teoria da significação para a compreensão dos fenômenos comunicacionais, que não se restringem ao âmbito da produção de massa. Eric Landowski, por sua vez, chama a atenção para um outro regime de interpretação das encenações do corpo numa detalhada análise ancorada em quatro dimensões específicas do retrato (mimética, hermenêutica, cosmética e estética), na qual a fotografia dos homens políticos na imprensa é tratada como componente de uma estratégia discursiva midiática global. A problematização dessas dimensões possibilita ao autor desenvolver uma teoria semiótica da visualidade midiática. Com essas duas contribuições, seção Fórum enfatiza o vínculo imanente entre Comunicação e Semiótica. A seção “Artigos” traz quatro seletos estudos. Para Ernest Hess-Lüttich, as diferenças midiáticas entre literatura, cinema e ópera não impediram o diálogo das sensações entre o conto “A Morte em Veneza”, de Thomas Mann, o filme de Visconti e a ópera de Britten, mesmo tendo as adaptações nascido de interpretações próprias do texto. Enfocando outra mídia, a televisão, Francisco Rüdiger parte de uma perspectiva histórica para entender os reality shows como espaço de articulação das relações de poder, sublinhando as raízes religiosas e populares do fenômeno. No campo de estudos sobre cibercultura, André Lemos transporta o conceito de ciborgue para o espaço das cidades contemporâneas, transfiguradas pelas tecnologias microeletrônicas e pela telecomunicação. Por fim, Gabriela Borges aborda outra forma de desdobramento intertextual ao analisar a relação entre o teatro de Samuel Beckett e as ferramentas eletrônicas que o levaram a explorar o potencial estético e artístico da televisão. Na seção “Projetos”, José Luiz Martinez dedica-se à intersemiose musical, explorando- a na canção, na ópera, na música para teatro, na dança, no cinema, na multimídia e na hipermídia. Trata-se de projeto apoiado pela FAPESP, que agora pode ser avaliado pela comunidade científica. Em “Resenhas”, a revista traz duas avaliações. The New Brazilian Cinema, editado por Lucia Nagib, é resenhado por Rogério Ferraraz, que considera a coletânea (que preenche uma lacuna bibliográfica), uma radiografia do cinema da retomada. Fabiana Dultra Britto, que resenha Leituras do corpo, organizado por Christine Greiner e Cláudia Amorim, considera que a obra contribui para o entendimento do corpo como mídia do conhecimento, na medida em que se oferece como um registro teórico cientificamente embasado. Na última seção, dedicada a notícias relevantes da área de Comunicação e Semiótica, a revista celebra os dez anos do Centro de Pesquisas Sociossemióticas (CPS) da PUC/SP - projeto interinstitucional e internacional firmado com o Centre d´Etude de la Vie Politique Française da Fondation National des Sciences Politiques. O sucesso dessa longa trajetória de atividades produtivas e renovadas é noticiado por Eric Landowski, um dos diretores do CPS. A revista faz ainda menção ao 8o Congresso Nacional e Internacional de Semiótica, ricamente retratado por Maria Thereza Strôngoli. Fechando o volume, Edilson Cazeloto repertoria algumas das principais contribuições do Ciclo de Conferências e Debates “Horizontes do cibermundo: tensionar o presente, repensar a existência”, promovido pelo CENCIB - Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Comunicação e Cibercultura da PUCSP/SP. Com esse conjunto de textos, Galáxia aprofunda o seu compromisso com o desenvolvimento do debate intelectual na área de Comunicação.https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/1389 |
spellingShingle | Comissão Editorial <b>Sumário | Editorial</b> Galáxia |
title | <b>Sumário | Editorial</b> |
title_full | <b>Sumário | Editorial</b> |
title_fullStr | <b>Sumário | Editorial</b> |
title_full_unstemmed | <b>Sumário | Editorial</b> |
title_short | <b>Sumário | Editorial</b> |
title_sort | b sumario editorial b |
url | https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/1389 |
work_keys_str_mv | AT comissaoeditorial bsumarioeditorialb |