Cirurgia cardíaca no idoso

Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira cresce o número de pessoas com idade superior a 70 anos que necessitam de operação cardíaca. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 75 pacientes com idade 3 a 70 anos submetidos a operação cardíaca no HC-UFPR, entre 199...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Danton R. da Rocha LOURES, Roberto Gomes de CARVALHO, Leonardo MULINARI, Arleto Zacarias SILVA Jr., Carlos Augusto SCHMIDLIN, Maricélia BROMMELSTRÖET, Vinícius Nicolau VOITOWICZ, Marcelo Haddad DANTAS, Ricardo José CHOMA, Sérgio SHIBATA, Marcello Laneza FELICIO, Dênis BONATTO, Nilo ANTUNES FILHO
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 2000-03-01
Series:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382000000100001&tlng=pt
Description
Summary:Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira cresce o número de pessoas com idade superior a 70 anos que necessitam de operação cardíaca. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 75 pacientes com idade 3 a 70 anos submetidos a operação cardíaca no HC-UFPR, entre 1995 e 1999, com objetivo de analisarmos os resultados imediatos e tardios. A idade variou de 70 a 88 anos, sendo 34 (46,7%) do sexo feminino e 41 (53,3%) do masculino. Os principais sintomas foram angina (81,3%), dispnéia (42,6%) e síncope (16%). Os pacientes encontravam-se em classe I (57,3%), classe II (17,3%), classe III (18,6%) e classe IV (6,6%) da NYHA, 61,3% eram hipertensos, 48% tabagistas, 28% diabéticos e 9,3% haviam sido submetidos a operação cardíaca prévia. Foram realizadas 50 (66,6%) revascularizações do miocárdio, 9 (12%) trocas de valva aórtica, 5 (6,6%) operações de aorta, 4 (5,2%) trocas valvares + revascularização miocárdica e outros procedimentos (7%). As principais complicações pós-operatórias foram cardiovasculares: arritmias ventriculares (22,6%), arritmias supraventriculares (21,3%), baixo débito cardíaco (16%); infecciosas (16%) e pulmonares (9,3%). O tempo médio de permanência na UTI foi de 5 dias. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 13,3% e houve 5 óbitos tardios. Dos sobreviventes, 78,4% compareceram para seguimento ambulatorial. O tempo médio de seguimento foi de 20,7 meses e a sobrevida foi de 92%; um dos óbitos tardios foi de origem cardiovascular. CONCLUSÃO: Apesar de serem pacientes de maior complexidade clínica pela maior incidência de doenças crônicas e acometimento de outros órgãos, os avanços na cirurgia cardíaca e terapia intensiva tornaram possível a intervenção com baixa morbi-mortalidade.
ISSN:1678-9741