Cardiomioplastia: estudo clínico de 26 pacientes em 6 anos
A cardiomioplastia dinâmica tem sido indicada na reparaçao de lesoes da parede ventricular ou no tratamento da cardiomiopatia isquêmica, da insuficiência miocárdica por doenças parasitárias como a chagásica e da cardiomiopatia dilatada idiopática. Foi o procedimento indicado para 26 pacientes com ca...
Main Authors: | , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Linceu Editorial
1993-10-01
|
Series: | Journal of Cardiac Arrhythmias |
Subjects: | |
Online Access: | https://jca.emnuvens.com.br/jca/article/view/3222 |
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author | Domingo M. BRAILE Marcelo J. F. SOARES Maria Cecilia Z. RODRIGUES Serginando L. RAMIN Rubens S. THEVENARD Marcos ZAIANTCHICK Doroteia R. S. SOUZA |
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description | A cardiomioplastia dinâmica tem sido indicada na reparaçao de lesoes da parede ventricular ou no tratamento da cardiomiopatia isquêmica, da insuficiência miocárdica por doenças parasitárias como a chagásica e da cardiomiopatia dilatada idiopática. Foi o procedimento indicado para 26 pacientes com cardiomiopatia dilatada de causas diversas: indeterminada (53,8%), de origem chagásica (26,9%), decorrente de hipertensao (11,5%), virótica (3,8%) e periparto (3,8%), classificados em classes III (10) e IV (16) da New York Heart Association (NYHA). Entre eles, cinco eram do sexo feminino (25 a 57 anos, M = 41 ± 13 anos) e 21 do sexo masculino (22 a 72 anos, M = 45,1 ± 12 anos). Os índices de mortalidade precoce e tardia foram 11,5% e 17,5%, respectivamente. O seguimento médio foi de 14,4 ± 12,9 meses. O índice linearizado de complicaçoes fatais foi de 10,8% paciente/ano, em conseqüência de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e 3,6% paciente/ano por fibrilaçao ventricular (FV). O índice de complicaçoes nao fatais foi de 10,7% paciente/ano. Os índices de sobrevida atuarial foram de 84% no 1º ano, 74,2% no 2º ano e 58,7% do 3º ao 6º ano. Considerando apenas os pacientes nao chagásicos, o índice de sobrevida foi de 90% no 1º ano, mantendo-se inalterado por 5 anos. Dos 19 pacientes sobreviventes, 13 evoluíram para a classe I do NYHA e seis para a classe II. A Doppler-ecocardiografia demonstrou aumento da fraçao de ejeçao de 37,8± 10,2% para 54,4 ± 4,9% (p 0,05) respectivamente, após 18 meses, representando o melhor período durante 42 meses de seguimento, embora com índices de fraçao de ejeçao e de encurtamento segmentar significativamente elevados até 30 meses de pós-operatório. Em conclusao, a indicaçao de cardiomioplastia em cardiomiopatias dilatadas deve ocorrer no momento adeqüado, o que irá determinar o sucesso da cirurgia, com melhor expectativa de vida para esses pacientes. |
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spelling | doaj.art-127be289dca24e3a9ae9f688da63387c2022-12-22T01:30:44ZengLinceu EditorialJournal of Cardiac Arrhythmias2674-74721993-10-0162Cardiomioplastia: estudo clínico de 26 pacientes em 6 anos Domingo M. BRAILE Marcelo J. F. SOARES Maria Cecilia Z. RODRIGUES Serginando L. RAMIN Rubens S. THEVENARD Marcos ZAIANTCHICK Doroteia R. S. SOUZAA cardiomioplastia dinâmica tem sido indicada na reparaçao de lesoes da parede ventricular ou no tratamento da cardiomiopatia isquêmica, da insuficiência miocárdica por doenças parasitárias como a chagásica e da cardiomiopatia dilatada idiopática. Foi o procedimento indicado para 26 pacientes com cardiomiopatia dilatada de causas diversas: indeterminada (53,8%), de origem chagásica (26,9%), decorrente de hipertensao (11,5%), virótica (3,8%) e periparto (3,8%), classificados em classes III (10) e IV (16) da New York Heart Association (NYHA). Entre eles, cinco eram do sexo feminino (25 a 57 anos, M = 41 ± 13 anos) e 21 do sexo masculino (22 a 72 anos, M = 45,1 ± 12 anos). Os índices de mortalidade precoce e tardia foram 11,5% e 17,5%, respectivamente. O seguimento médio foi de 14,4 ± 12,9 meses. O índice linearizado de complicaçoes fatais foi de 10,8% paciente/ano, em conseqüência de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e 3,6% paciente/ano por fibrilaçao ventricular (FV). O índice de complicaçoes nao fatais foi de 10,7% paciente/ano. Os índices de sobrevida atuarial foram de 84% no 1º ano, 74,2% no 2º ano e 58,7% do 3º ao 6º ano. Considerando apenas os pacientes nao chagásicos, o índice de sobrevida foi de 90% no 1º ano, mantendo-se inalterado por 5 anos. Dos 19 pacientes sobreviventes, 13 evoluíram para a classe I do NYHA e seis para a classe II. A Doppler-ecocardiografia demonstrou aumento da fraçao de ejeçao de 37,8± 10,2% para 54,4 ± 4,9% (p 0,05) respectivamente, após 18 meses, representando o melhor período durante 42 meses de seguimento, embora com índices de fraçao de ejeçao e de encurtamento segmentar significativamente elevados até 30 meses de pós-operatório. Em conclusao, a indicaçao de cardiomioplastia em cardiomiopatias dilatadas deve ocorrer no momento adeqüado, o que irá determinar o sucesso da cirurgia, com melhor expectativa de vida para esses pacientes.https://jca.emnuvens.com.br/jca/article/view/3222cardiomioplastia, miocardiopatia, técnica operatória |
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