Influência do tratamento térmico do caldo de cana no desenvolvimento do processo fermentativo e na composição química da cachaça
Resumo A introdução de diferentes linhagens de microrganismos nas fermentações destinadas à produção de cachaça, decorrente das alimentações sucessivas de caldo, pode contribuir com o desenvolvimento de diferentes classes de microrganismos, comprometendo a atividade metabólica das leveduras e a con...
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Format: | Article |
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Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)
2018-10-01
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Series: | Brazilian Journal of Food Technology |
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author | Thaís Melo Alves Flávia Cardoso Farias André Ricardo Alcarde José Humberto de Oliveira Filho |
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description | Resumo A introdução de diferentes linhagens de microrganismos nas fermentações destinadas à produção de cachaça, decorrente das alimentações sucessivas de caldo, pode contribuir com o desenvolvimento de diferentes classes de microrganismos, comprometendo a atividade metabólica das leveduras e a condução do processo fermentativo. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do tratamento térmico do caldo de cana nas características tecnológicas e microbiológicas do substrato, e os seus reflexos na condução do processo fermentativo e na qualidade química da cachaça. Para tanto, o caldo foi submetido a tratamento térmico à temperatura de 90°C por 5 minutos, para então serem quantificadas as concentrações de bactérias láticas, leveduras totais e leveduras não Saccharomyces . As fermentações foram conduzidas em cinco ciclos fermentativos, utilizando-se mosto de caldo de cana tratado e não tratado termicamente. O processo foi monitorado por meio das análises de viabilidade celular e de brotos, e do índice de brotamento, enquanto as populações de leveduras totais e não Saccharomyces foram quantificadas no fermento reciclado. Ao término das fermentações, foram determinados o pH, a acidez total titulável, o teor alcoólico e os açúcares redutores residuais totais dos vinhos, sendo estes destilados em alambique de cobre para a quantificação da composição química da cachaça. O tratamento térmico possibilitou a inativação dos microrganismos do caldo, sem comprometer as suas características físico-químicas. A viabilidade celular foi reduzida para as fermentações conduzidas com caldo não tratado termicamente, porém as características físico-químicas dos vinhos não foram afetadas. Os destilados provenientes de fermentações conduzidas com caldo não tratado apresentaram maiores níveis de acidez volátil e ésteres, ao final do quinto ciclo. As concentrações de álcoois superiores e furfural foram elevadas para ambos os tratamentos no primeiro e quinto ciclo, respectivamente. |
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spelling | doaj.art-130c5ae92cef4463a559aa1d2320a4b52022-12-21T19:59:45ZengInstituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)Brazilian Journal of Food Technology1981-67232018-10-0121010.1590/1981-6723.12617S1981-67232018000100462Influência do tratamento térmico do caldo de cana no desenvolvimento do processo fermentativo e na composição química da cachaçaThaís Melo AlvesFlávia Cardoso FariasAndré Ricardo AlcardeJosé Humberto de Oliveira FilhoResumo A introdução de diferentes linhagens de microrganismos nas fermentações destinadas à produção de cachaça, decorrente das alimentações sucessivas de caldo, pode contribuir com o desenvolvimento de diferentes classes de microrganismos, comprometendo a atividade metabólica das leveduras e a condução do processo fermentativo. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do tratamento térmico do caldo de cana nas características tecnológicas e microbiológicas do substrato, e os seus reflexos na condução do processo fermentativo e na qualidade química da cachaça. Para tanto, o caldo foi submetido a tratamento térmico à temperatura de 90°C por 5 minutos, para então serem quantificadas as concentrações de bactérias láticas, leveduras totais e leveduras não Saccharomyces . As fermentações foram conduzidas em cinco ciclos fermentativos, utilizando-se mosto de caldo de cana tratado e não tratado termicamente. O processo foi monitorado por meio das análises de viabilidade celular e de brotos, e do índice de brotamento, enquanto as populações de leveduras totais e não Saccharomyces foram quantificadas no fermento reciclado. Ao término das fermentações, foram determinados o pH, a acidez total titulável, o teor alcoólico e os açúcares redutores residuais totais dos vinhos, sendo estes destilados em alambique de cobre para a quantificação da composição química da cachaça. O tratamento térmico possibilitou a inativação dos microrganismos do caldo, sem comprometer as suas características físico-químicas. A viabilidade celular foi reduzida para as fermentações conduzidas com caldo não tratado termicamente, porém as características físico-químicas dos vinhos não foram afetadas. Os destilados provenientes de fermentações conduzidas com caldo não tratado apresentaram maiores níveis de acidez volátil e ésteres, ao final do quinto ciclo. As concentrações de álcoois superiores e furfural foram elevadas para ambos os tratamentos no primeiro e quinto ciclo, respectivamente.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232018000100462&lng=en&tlng=enInativação térmicaFermentação alcoólicaLevedurasMicrorganismosViabilidade celularCompostos secundários |
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