A crucialidade da fonologia: um outro olhar sobre blends lexicais no português brasileiro

O presente trabalho se presta a analisar os blends lexicais no português brasileiro tomando um outro ponto de vista em relação ao qual foi tomado por Nóbrega e Minussi (2015). Neste trabalho, que está dentro do quadro teórico da Morfologia Distribuída, os autores defendem que a fonologia dos blends...

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Bibliographic Details
Main Authors: Felipe da Silva Vital, Carlos Alexandre Victório Gonçalves
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2023-08-01
Series:Revista Linguística
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Online Access:https://revistas.ufrj.br/index.php/rl/article/view/60402
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author Felipe da Silva Vital
Carlos Alexandre Victório Gonçalves
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spelling doaj.art-13904ce78b6f4c7480fc1cb0df6529872024-07-16T00:02:32ZporUniversidade Federal do Rio de JaneiroRevista Linguística1808-835X2238-975X2023-08-0119212014010.31513/linguistica.2023.v19n2a6040243757A crucialidade da fonologia: um outro olhar sobre blends lexicais no português brasileiroFelipe da Silva Vital0https://orcid.org/0009-0003-6868-5210Carlos Alexandre Victório Gonçalves1https://orcid.org/0000-0003-3672-3852Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)O presente trabalho se presta a analisar os blends lexicais no português brasileiro tomando um outro ponto de vista em relação ao qual foi tomado por Nóbrega e Minussi (2015). Neste trabalho, que está dentro do quadro teórico da Morfologia Distribuída, os autores defendem que a fonologia dos blends é um tipo de epifenômeno das motivações semânticas que se impõem na criação de blends. Neste sentido, nós argumentamos, como uma resposta ao trabalho, que a fonologia é crucial quanto ao processo de formação de palavras em tela, entendendo de maneira premente que a semântica é a motivação básica para criação de todas as palavras já criadas nas línguas. Para isto, argumentamos em favor do papel fundamental da sílaba e do pé métrico enquanto domínios prosódicos (assentando nossa análise sobre a Fonologia Prosódica (ITO; MESTER, 2009) para a realização destes processos morfofonológicos, considerando em separado os dois subtipos, blends ‘fonológicos’ (contando a sílaba como seu domínio) e ‘morfológicos’ (contando o pé métrico como seu domínio), uma vez que ‘blends semânticos’ (cf. MINUSSI; NÓBREGA (2014) para esta taxonomia específica), em verdade, não são blends. Os dados analisados aqui foram extraídos dos próprios trabalhos citados ao longo do presente texto a partir dos quais estamos debatendo.https://revistas.ufrj.br/index.php/rl/article/view/60402morfologiafonologiablendssílabapé métrico
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