A categoria da natalidade e da fundação no pensamento político de Hannah Arendt
Para Hannah Arendt, o homem, por meio de sua experiência de nascimento, se apresenta a este nosso planeta como um ser recém-chegado. Isso quer dizer que cada recém-chegado a este mundo é capaz de inaugurar mais uma situação que se desponta como uma novidade. É devido ao nascimento que os homens se a...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal do Ceará
2013-01-01
|
Series: | Argumentos |
Subjects: | |
Online Access: | http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/19007 |
Summary: | Para Hannah Arendt, o homem, por meio de sua experiência de nascimento, se apresenta a este nosso planeta como um ser recém-chegado. Isso quer dizer que cada recém-chegado a este mundo é capaz de inaugurar mais uma situação que se desponta como uma novidade. É devido ao nascimento que os homens se apresentam como dotados da capacidade de começar. É importante considerar que, de acordo com algumas análises feitas por Hannah Arendt, somos levados a admitir que o tema que mais se adequa à faculdade humana de começar é o da fundação. Isto é, nessas análises, evidencia-se que existe uma posição que vem ao encontro do propósito de demonstrar a combinação existente entre natalidade e fundação na perspectiva arendtiana. Incentivados pelos caminhos de abordagens em torno da fundação no seio da história da filosofia política, o nosso propósito aqui é o de descrever os pontos de aproximação do entendimento de Arendt em relação à nossa tradição republicana. Analisaremos em que medida Arendt se amparou na relação entre natalidade e fundação para construir uma filosofia política capaz de sustentar as suas análises acerca da fundação do corpo político no âmbito das revoluções modernas.
|
---|---|
ISSN: | 1984-4247 1984-4255 |