Terminalidade da vida em terapia intensiva: posicionamento dos familiares sobre ortotanásia
OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar o posicionamento dos familiares sobre a ortotanásia, ao considerar controle dos sintomas, preferência do paciente e influência da satisfação da comunicação do tratamento informado pela equipe médica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo na unidad...
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Associação de Medicina Intensiva Brasileira
2011-12-01
|
Series: | Revista Brasileira de Terapia Intensiva |
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author | Maria Fernanda Gonçalves dos Santos Débora Pastore Bassitt |
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description | OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar o posicionamento dos familiares sobre a ortotanásia, ao considerar controle dos sintomas, preferência do paciente e influência da satisfação da comunicação do tratamento informado pela equipe médica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo na unidade de terapia intensiva geral adulto do Hospital do Servidor Público Estadual durante o período de um ano. Utilizou-se um questionário estruturado, baseado no Quality of Dying and Death (QODD 22) e entrevista informal prévia. RESULTADOS: Foram avaliados 60 familiares, com 51,7 ± 12,1 anos, sendo 81,7 % do sexo feminino. Os pacientes estavam internados em média por 31 ± 26,9 dias, sendo que 17,0% dos dias na unidade de terapia intensiva. A maioria apresentava doença neurológica. A maioria dos pacientes (53,3%) discutiu o desejo de cuidados de final de vida com a família, mas 76,7% dos pacientes não discutiram com seu médico (p<0,00). Os familiares responderam a favor da ortotanásia em 83,3 %; a maioria (85,0%) gostaria que a equipe médica discutisse claramente o assunto e 65,0% desejavam participar do processo de decisão de qualidade de final de vida. Quanto à satisfação dos familiares em relação às informações médicas: 93,3% consideraram ter adequada freqüência na comunicação do estado clínico; 81,7% conseguiram tirar as dúvidas sobre o estado clínico do paciente; em 83,3% a comunicação foi compreendida e 80,0% consideraram terem recebido as informações com clareza e honestidade. Somente 43,3% dos familiares gostaria de presenciar o momento da morte de seu ente querido. Houve associação significativa do posicionamento dos familiares sobre ortotanásia e participação na decisão de final de vida (p = 0,042). CONCLUSÕES: A maioria dos familiares entrevistada foi a favor da ortotanásia, e gostaria de participar da tomada de decisão de qualidade de final de vida. |
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spelling | doaj.art-15eec19660b3478e86a78d2d65cea6212022-12-21T22:57:52ZengAssociação de Medicina Intensiva BrasileiraRevista Brasileira de Terapia Intensiva1982-43352011-12-0123444845410.1590/S0103-507X2011000400009S0103-507X2011000400009Terminalidade da vida em terapia intensiva: posicionamento dos familiares sobre ortotanásiaMaria Fernanda Gonçalves dos SantosDébora Pastore BassittOBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar o posicionamento dos familiares sobre a ortotanásia, ao considerar controle dos sintomas, preferência do paciente e influência da satisfação da comunicação do tratamento informado pela equipe médica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo na unidade de terapia intensiva geral adulto do Hospital do Servidor Público Estadual durante o período de um ano. Utilizou-se um questionário estruturado, baseado no Quality of Dying and Death (QODD 22) e entrevista informal prévia. RESULTADOS: Foram avaliados 60 familiares, com 51,7 ± 12,1 anos, sendo 81,7 % do sexo feminino. Os pacientes estavam internados em média por 31 ± 26,9 dias, sendo que 17,0% dos dias na unidade de terapia intensiva. A maioria apresentava doença neurológica. A maioria dos pacientes (53,3%) discutiu o desejo de cuidados de final de vida com a família, mas 76,7% dos pacientes não discutiram com seu médico (p<0,00). Os familiares responderam a favor da ortotanásia em 83,3 %; a maioria (85,0%) gostaria que a equipe médica discutisse claramente o assunto e 65,0% desejavam participar do processo de decisão de qualidade de final de vida. Quanto à satisfação dos familiares em relação às informações médicas: 93,3% consideraram ter adequada freqüência na comunicação do estado clínico; 81,7% conseguiram tirar as dúvidas sobre o estado clínico do paciente; em 83,3% a comunicação foi compreendida e 80,0% consideraram terem recebido as informações com clareza e honestidade. Somente 43,3% dos familiares gostaria de presenciar o momento da morte de seu ente querido. Houve associação significativa do posicionamento dos familiares sobre ortotanásia e participação na decisão de final de vida (p = 0,042). CONCLUSÕES: A maioria dos familiares entrevistada foi a favor da ortotanásia, e gostaria de participar da tomada de decisão de qualidade de final de vida.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2011000400009&lng=en&tlng=enFamíliaEstado terminalCuidados intensivosAtitude frente a morteÉticaComunicação |
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