Vom Theater als moralischer Anstalt zum Dichter als Gewissen der Nation oder: Von Friedrich Schiller zu Elfriede Jelineks historischem Drama Burgtheater

<p>Mesmo usando elementos da realidade, o drama histórico permanence ficção. A literatura “mente”, ou, em outras palavras, cria sua própria realidade e sua própria verdade. O Burgtheater de Viena como instituição histórica e lugar de ficção dramática é a matéria prima do drama histórico de Jel...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Herbert Herzmann
Format: Article
Language:deu
Published: Universidade de São Paulo 2005-12-01
Series:Pandaemonium Germanicum: Revista de Estudos Germanísticos
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/pg/article/view/73702
_version_ 1818154521611730944
author Herbert Herzmann
author_facet Herbert Herzmann
author_sort Herbert Herzmann
collection DOAJ
description <p>Mesmo usando elementos da realidade, o drama histórico permanence ficção. A literatura “mente”, ou, em outras palavras, cria sua própria realidade e sua própria verdade. O Burgtheater de Viena como instituição histórica e lugar de ficção dramática é a matéria prima do drama histórico de Jelinek. É fácil reconhecer nas dramatis personae - que falam uma linguagem artificial, cheia de estereótipos nazistas - membros da família Hörbiger, uma dinastia de atores do Burgtheater. O argumento de que os Hörbiger não precisariam se sentir agredidos, já que se trata de ficção, não é irrefutável. A autora acusa na peça especialmente Käthe de ser responsável pelos crimes cometidos pelos nazistas. Em uma entrevista telefônica, Jelinek levanta as mesmas acusações também contra a real Paula Wessely, revelando uma grande proximidade entre a personagem ficcional e a opinião da autora sobre a pessoa real. O caráter artificial da peça parece ser uma proteção que permite que a autora diga coisas pelas quais, ditas em outras circunstâncias, poderia ser processada. Segundo Harald Weinrich, uma literatura, que não quer mais “mentir”, mas pretende contar a “verdade real” e a “realidade verdadeira”, corre o risco de servir à mentira real. Ao assumir, na peça Burgtheater, o papel de consciência da nação, em vez de se limitar simplesmente a contribuir para a elevação moral da nação através da ficção, Jelinek corre esse risco. </p>
first_indexed 2024-12-11T14:27:50Z
format Article
id doaj.art-1668cb60c8c7495da93448d3f44727a1
institution Directory Open Access Journal
issn 1414-1906
1982-8837
language deu
last_indexed 2024-12-11T14:27:50Z
publishDate 2005-12-01
publisher Universidade de São Paulo
record_format Article
series Pandaemonium Germanicum: Revista de Estudos Germanísticos
spelling doaj.art-1668cb60c8c7495da93448d3f44727a12022-12-22T01:02:34ZdeuUniversidade de São PauloPandaemonium Germanicum: Revista de Estudos Germanísticos1414-19061982-88372005-12-010915518171525Vom Theater als moralischer Anstalt zum Dichter als Gewissen der Nation oder: Von Friedrich Schiller zu Elfriede Jelineks historischem Drama BurgtheaterHerbert Herzmann<p>Mesmo usando elementos da realidade, o drama histórico permanence ficção. A literatura “mente”, ou, em outras palavras, cria sua própria realidade e sua própria verdade. O Burgtheater de Viena como instituição histórica e lugar de ficção dramática é a matéria prima do drama histórico de Jelinek. É fácil reconhecer nas dramatis personae - que falam uma linguagem artificial, cheia de estereótipos nazistas - membros da família Hörbiger, uma dinastia de atores do Burgtheater. O argumento de que os Hörbiger não precisariam se sentir agredidos, já que se trata de ficção, não é irrefutável. A autora acusa na peça especialmente Käthe de ser responsável pelos crimes cometidos pelos nazistas. Em uma entrevista telefônica, Jelinek levanta as mesmas acusações também contra a real Paula Wessely, revelando uma grande proximidade entre a personagem ficcional e a opinião da autora sobre a pessoa real. O caráter artificial da peça parece ser uma proteção que permite que a autora diga coisas pelas quais, ditas em outras circunstâncias, poderia ser processada. Segundo Harald Weinrich, uma literatura, que não quer mais “mentir”, mas pretende contar a “verdade real” e a “realidade verdadeira”, corre o risco de servir à mentira real. Ao assumir, na peça Burgtheater, o papel de consciência da nação, em vez de se limitar simplesmente a contribuir para a elevação moral da nação através da ficção, Jelinek corre esse risco. </p>http://www.revistas.usp.br/pg/article/view/73702Realidadeartificialidadeverdadementira
spellingShingle Herbert Herzmann
Vom Theater als moralischer Anstalt zum Dichter als Gewissen der Nation oder: Von Friedrich Schiller zu Elfriede Jelineks historischem Drama Burgtheater
Pandaemonium Germanicum: Revista de Estudos Germanísticos
Realidade
artificialidade
verdade
mentira
title Vom Theater als moralischer Anstalt zum Dichter als Gewissen der Nation oder: Von Friedrich Schiller zu Elfriede Jelineks historischem Drama Burgtheater
title_full Vom Theater als moralischer Anstalt zum Dichter als Gewissen der Nation oder: Von Friedrich Schiller zu Elfriede Jelineks historischem Drama Burgtheater
title_fullStr Vom Theater als moralischer Anstalt zum Dichter als Gewissen der Nation oder: Von Friedrich Schiller zu Elfriede Jelineks historischem Drama Burgtheater
title_full_unstemmed Vom Theater als moralischer Anstalt zum Dichter als Gewissen der Nation oder: Von Friedrich Schiller zu Elfriede Jelineks historischem Drama Burgtheater
title_short Vom Theater als moralischer Anstalt zum Dichter als Gewissen der Nation oder: Von Friedrich Schiller zu Elfriede Jelineks historischem Drama Burgtheater
title_sort vom theater als moralischer anstalt zum dichter als gewissen der nation oder von friedrich schiller zu elfriede jelineks historischem drama burgtheater
topic Realidade
artificialidade
verdade
mentira
url http://www.revistas.usp.br/pg/article/view/73702
work_keys_str_mv AT herbertherzmann vomtheateralsmoralischeranstaltzumdichteralsgewissendernationodervonfriedrichschillerzuelfriedejelinekshistorischemdramaburgtheater