Summary: | A partir de um estudo etnográfico realizado em estâncias de criação de gado da Campanha gaúcha, Rio Grande do Sul, Brasil, este artigo discute a relação entre os proprietários das estâncias e os peões que trabalham nas mesmas. Patrões (estancieiros) e peões compartilham certas características em termos de comportamento econômico. Entretanto, as diferenças culturais, assim como suas posições distintas na hierarquia da relação, implicam irremediavelmente em desigualdades cruciais. Enquanto as estratégias de reprodução de posição social de famílias de estancieiros são relativamente variadas, os peões enfrentam elevada dificuldade de ascensão social. Essas desigualdades transparecem em certos elementos dos projetos de resistência dos peões à dominação exercida por seus patrões. É através desses projetos de resistência que este artigo analisará as ambigüidades e dinâmicas dessa relação
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