Crime na Calle Relator: o estatuto do herói e do narrador do poema narrativo moderno EM João Cabral de Melo Neto
A manifestação do poema narrativo clássico contava como a representação em verso de ações e feitos heróicos de homens ilustres, sob um rígido código prescritivo, em que se intentava a promulgação dos valores da sociedade de costume. Entretanto, com o passar do tempo e as transformações sócio-cultur...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
2016-04-01
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author | Wilquer Quadros dos Santos |
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A manifestação do poema narrativo clássico contava como a representação em verso de ações e feitos heróicos de homens ilustres, sob um rígido código prescritivo, em que se intentava a promulgação dos valores da sociedade de costume. Entretanto, com o passar do tempo e as transformações sócio-culturais, houve relevante transformação na produção, compreensão e avaliação desses poemas, as quais poderão implicar importantes questionamentos a respeito do gênero. No lugar do herói valente, corajoso, ilustre e valoroso da épica clássica surge o herói comum, vil, indolente, ridículo, oriundo das mais diversas classes da sociedade burguesa. O narrador, por sua vez, abandona o encômio e não mais se coaduna com os feitos do herói do poema narrativo e, ao afastar-se dos valores por ele representados, encontra na crítica, na censura e na sátira a medida de sua intervenção na sociedade de costume. Com base nos estudos de Hansen (2008), Sales (2009) e Moisés (1974), intentamos desvelar as marcas que tensionam a obra Crime na Calle Relator, de João Cabral de Melo Neto, entre a tradição clássica e a moderna do gênero, e destacar a sedimentação do poema narrativo moderno.
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