José Craveirinha e a declaração da identidade moçambicana

Na poética de Craveirinha, há uma tensão enunciativa que traz vozes silenciadas de um país colonizado, sofrido, sobretudo injustiçado. A partir disso, buscamos refletir a representação do espaço na obra referida, de forma que a cidade e o subúrbio estão diretamente ligados, pois o subúrbio é um espa...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Vanessa Pincerato Fernandes, Marinei Almeida
Format: Article
Language:English
Published: Real Gabinete Português de Leitura 2019-12-01
Series:Convergência Lusíada
Subjects:
Online Access:https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/287
Description
Summary:Na poética de Craveirinha, há uma tensão enunciativa que traz vozes silenciadas de um país colonizado, sofrido, sobretudo injustiçado. A partir disso, buscamos refletir a representação do espaço na obra referida, de forma que a cidade e o subúrbio estão diretamente ligados, pois o subúrbio é um espaço que se constitui dentro da cidade, a qual é considerada por Macedo (2008) como espaço literário, como lugar de encontros e desencontros do contraditório. Assim, em Karingana ua Karingana, temos esses espaços contradizendo-se e apresentando contrastes evidentes e marcantes. Nesse sentido, nossa proposição centra-se na análise de poemas da obra escolhida, do poeta moçambicano José Craveirinha, por meio de reflexões que discutirão a representação desses espaços (cidade/subúrbio), uma vez que o bairro de cimento é visto como lugar de exploração, de sofrimento, de denúncia em meio à crítica ao regime colonial por um processo de produção das diferenças em um mundo onde o espaço social, cultural e econômico estão interligados.
ISSN:2316-6134