Modelos e iniciativas de biovigilância e transplante: uma revisão narrativa

Introdução: A biovigilância apresenta nova oportunidade de melhoria e segurança do processo doação-transplante. A biovigilância é definida como o monitoramento e o controle durante os procedimentos que envolvem células, tecidos e órgãos humanos desde a doação até a evolução clínica do receptor e do...

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Bibliographic Details
Main Authors: Bartira de Aguiar Roza, Denise Miyuki Kusahara, João Luís Erbs Pessoa, Patrícia Treviso, Priscilla Caroliny de Oliveira, Renata Fabiana Leite, Tadeu Thomé, Maria Helena Costa Amorim, Janine Schirmer
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) 2019-11-01
Series:Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia
Subjects:
Online Access:https://hm-visaemdebate.incqs.fiocruz.br/index.php/visaemdebate/article/view/1403
Description
Summary:Introdução: A biovigilância apresenta nova oportunidade de melhoria e segurança do processo doação-transplante. A biovigilância é definida como o monitoramento e o controle durante os procedimentos que envolvem células, tecidos e órgãos humanos desde a doação até a evolução clínica do receptor e do doador vivo, com o objetivo de obter e disponibilizar informações sobre riscos e eventos adversos, a fim de prevenir sua ocorrência ou recorrência. Objetivo: Descrever acerca de modelos e iniciativas de biovigilância e transplante no Brasil e no mundo. Método: Revisão narrativa da literatura nacional e internacional. Resultados: O risco está presente em todas as etapas que envolvem a doação-transplante, e implica vigilância contínua. As iniciativas de biovigilância no mundo envolvem instituições como a Organização Mundial da Saúde e o Centro Nacional de Transplantes da Itália, que apoiam o compartilhamento de informações de vigilância publicadas para fins de ensino e para maior transparência pública e que, em conjunto com Estados-membros da União Europeia, têm o objetivo de apoiar o desenvolvimento e o fortalecimento da capacidade de monitorar e controlar a qualidade, a segurança e a eficácia nessa área. O governo australiano possui uma iniciativa que coleta informações sobre eventos adversos graves e reações relacionadas à doação e ao transplante de órgãos, mas ainda não possui um sistema de vigilância integrado. O Brasil, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, possui acompanhamento da análise eventos adversos, mas os seus bancos de dados, precisam ser integrados àqueles do Sistema Nacional de Transplantes. Conclusões: É premente realizar esforço nacional para atender as inciativas internacionais com a Organização Mundial de Saúde e, assim, incorporar medidas para implementar uma cultura de qualidade e segurança no processo doação-transplante com uma modelagem assistencial inovadora, e devolver à sociedade o alto investimento realizado de modo eficiente e eficaz.
ISSN:2317-269X