A plasticidade da contística brutalista de Rubem Fonseca: a estética da violência e da solidão na pós-modernidade
A obra de Rubem Fonseca suscita diversos questionamentos para a sociedade contemporânea. Seu estilo choca leitores com o uso de uma linguagem, considerada por Alfredo Bosi (2006) como brutalista, que traz à tona os paradoxos da pós-modernidade. A contística fonsequiana é permeada de suspense narrat...
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Published: |
UA Editora
2019-02-01
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A obra de Rubem Fonseca suscita diversos questionamentos para a sociedade contemporânea. Seu estilo choca leitores com o uso de uma linguagem, considerada por Alfredo Bosi (2006) como brutalista, que traz à tona os paradoxos da pós-modernidade. A contística fonsequiana é permeada de suspense narrativo, incitando no leitor expectativas que os contos geralmente superam, com pinceladas de forte violência, erotismo, mortes inesperadas e manias absurdas dos personagens. O leitor sente o estranhamento ao entrar em contato pela primeira vez com um texto de calibre tão explosivo, o que faz dele um próprio detetive da trama alinhavada por linguagem peculiar. A plasticidade dos contos é irreverente, o que faz desse autor um dos maiores contistas brasileiros. Em alguns contos publicados na década de 1990, a saber: “À maneira de Godard”, “O buraco na parede” e “Idiotas que falam outra língua”, encontramos as peculiaridades da poética fonsequiana que dialogam com as considerações de renomados contistas como Poe, no que se refere à unidade de efeito, Cortázar, com suas acepções de conto: intensidade, tensão e brevidade e Jorge Luis Borges, que trata da expectativa ao se ler determinado gênero que transporta o leitor para um mundo diferente das experiências comuns.
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spelling | doaj.art-1907230ff0334a60bd179a38c9023ed42023-11-23T05:54:19ZengUA EditoraForma Breve1645-927X2183-47092019-02-011410.34624/fb.v0i14.439A plasticidade da contística brutalista de Rubem Fonseca: a estética da violência e da solidão na pós-modernidadeEmília Rafaelly Soares e Silva, Algemira de Mac0Algemira de Macedo Mendes1IFPI- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do PiauíUESPI- Universidade Estadual do Piauí A obra de Rubem Fonseca suscita diversos questionamentos para a sociedade contemporânea. Seu estilo choca leitores com o uso de uma linguagem, considerada por Alfredo Bosi (2006) como brutalista, que traz à tona os paradoxos da pós-modernidade. A contística fonsequiana é permeada de suspense narrativo, incitando no leitor expectativas que os contos geralmente superam, com pinceladas de forte violência, erotismo, mortes inesperadas e manias absurdas dos personagens. O leitor sente o estranhamento ao entrar em contato pela primeira vez com um texto de calibre tão explosivo, o que faz dele um próprio detetive da trama alinhavada por linguagem peculiar. A plasticidade dos contos é irreverente, o que faz desse autor um dos maiores contistas brasileiros. Em alguns contos publicados na década de 1990, a saber: “À maneira de Godard”, “O buraco na parede” e “Idiotas que falam outra língua”, encontramos as peculiaridades da poética fonsequiana que dialogam com as considerações de renomados contistas como Poe, no que se refere à unidade de efeito, Cortázar, com suas acepções de conto: intensidade, tensão e brevidade e Jorge Luis Borges, que trata da expectativa ao se ler determinado gênero que transporta o leitor para um mundo diferente das experiências comuns. https://proa.ua.pt/index.php/formabreve/article/view/439Brutalismoteoria do ContoRubem Fonsecapós-modernidadeviolênciaLiteratura Brasileira |
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