Arte, fantasia e amor na metafísica ocidental: a interpretação de Agamben sobre a cisão entre poesia e filosofia em Platão

O objetivo deste artigo é investigar como Giorgio Agamben problematiza a cisão entre filosofia e poesia em Platão. Identificamos dois momentos da crítica de Agamben a Platão: 1) em O Homem sem Conteúdo, a cisão entre poesia e filosofia aparece no contexto do projeto de uma “destruição da estética”,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gabriel Victor Rocha Pinezi
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2018-07-01
Series:FronteiraZ
Subjects:
Online Access:https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/34015
Description
Summary:O objetivo deste artigo é investigar como Giorgio Agamben problematiza a cisão entre filosofia e poesia em Platão. Identificamos dois momentos da crítica de Agamben a Platão: 1) em O Homem sem Conteúdo, a cisão entre poesia e filosofia aparece no contexto do projeto de uma “destruição da estética”, cujo foco é diferenciar os modos de produção “prático” e “poético” em sua relação com a história da metafísica; 2) em Estâncias, a cisão entre poesia e filosofia aparece em meio à análise da poesia de amor medieval, cujos conceitos de “amor” e de “fantasma”, mesmo se fundando numa tradição neoplatônica, apresentam um certo entendimento da origem da palavra poética que supera a cisão platônica entre verdade e fantasma. Busca-se apresentar de que modo estes dois momentos da crítica de Agamben à metafísica de Platão tem como objetivo restituir à filosofia o seu estatuto ético-poético.
ISSN:1983-4373