Polifarmacoterapia: Estratégias de racionalização
Introdução: A polifarmacoterapia é um termo recente que tem subjacente a utilização de vários medicamentos em simultâneo. O termo mais utilizado até ao momento tem sido polifarmácia, que pode ter diversos significados e tem uma conotação negativa. A polifarmacoterapia está associada ao aumento do...
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2008-09-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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author | Paula Broeiro Inês Maio Vítor Ramos |
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Introdução: A polifarmacoterapia é um termo recente que tem subjacente a utilização de vários medicamentos em simultâneo. O termo mais utilizado até ao momento tem sido polifarmácia, que pode ter diversos significados e tem uma conotação negativa. A polifarmacoterapia está associada ao aumento do risco de iatrogenia e de gastos em saúde. Nem sempre a polifarmacoterapia é inapropriada e compete ao médico de família a difícil tarefa de aplicar individualmente a melhor evidência disponível.
Processo de raciocínio terapêutico: A decisão de prescrever é um processo complexo que tem determinantes prévios e consequências. A formação médica em farmacologia clínica, a indústria farmacêutica e as normas de orientação clínica (que devem
reunir a melhor evidência) são os principais determinantes. Existem diversos instrumentos facilitadores do raciocínio terapêutico, dos quais salientamos: as P-drugs, a Lista de Beers (idoso), os suportes electrónicos de apoio à prescrição e a utilização de acrónimos tais como AVOID Mistake, NO TEARS, entre outros.
Estratégias de racionalização da polifarmacoterapia:A abordagem da polifarmacoterapia é uma medida de prevenção quaternária (prevenção da iatrogenia) que pressupõe uma medicina reflexiva e uma decisão partilhada com o doente. É listado um conjunto de etapas, numa sequência lógica, das quais se salienta: a listagem exaustiva de todos os medicamentos (incluindo não sujeitos a receita médica, os fitoterapêuticos, os dietéticos e os alternativos), o conhecimento farmacológico de cada medicamento prescrito, a simplificação dos regimes e explicitação dos objectivos terapêuticos.
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publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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spelling | doaj.art-1a754ee81c17422db59e048ccc87dadf2024-03-20T14:08:37ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812008-09-0124510.32385/rpmgf.v24i5.10553Polifarmacoterapia: Estratégias de racionalizaçãoPaula Broeiro0Inês Maio1Vítor Ramos2Assistente Graduada de Clínica Geral no Centro de Saúde do LumiarInterna do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar no Centro de Saúde da AmoraChefe de Serviço de Clínica Geral na USF Marginal (Centro de Saúde de Cascais); Professor convidado da Escola Nacional de Saúde Pública (UNL). Introdução: A polifarmacoterapia é um termo recente que tem subjacente a utilização de vários medicamentos em simultâneo. O termo mais utilizado até ao momento tem sido polifarmácia, que pode ter diversos significados e tem uma conotação negativa. A polifarmacoterapia está associada ao aumento do risco de iatrogenia e de gastos em saúde. Nem sempre a polifarmacoterapia é inapropriada e compete ao médico de família a difícil tarefa de aplicar individualmente a melhor evidência disponível. Processo de raciocínio terapêutico: A decisão de prescrever é um processo complexo que tem determinantes prévios e consequências. A formação médica em farmacologia clínica, a indústria farmacêutica e as normas de orientação clínica (que devem reunir a melhor evidência) são os principais determinantes. Existem diversos instrumentos facilitadores do raciocínio terapêutico, dos quais salientamos: as P-drugs, a Lista de Beers (idoso), os suportes electrónicos de apoio à prescrição e a utilização de acrónimos tais como AVOID Mistake, NO TEARS, entre outros. Estratégias de racionalização da polifarmacoterapia:A abordagem da polifarmacoterapia é uma medida de prevenção quaternária (prevenção da iatrogenia) que pressupõe uma medicina reflexiva e uma decisão partilhada com o doente. É listado um conjunto de etapas, numa sequência lógica, das quais se salienta: a listagem exaustiva de todos os medicamentos (incluindo não sujeitos a receita médica, os fitoterapêuticos, os dietéticos e os alternativos), o conhecimento farmacológico de cada medicamento prescrito, a simplificação dos regimes e explicitação dos objectivos terapêuticos. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10553PolifarmáciaPolifarmacoterapiaPolimedicaçãoHiperfarmacoterapia |
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